Coletânea de textos reflexivos.
Obra revoltada, insolente e perturbada. Apesar dos pesares, nem tudo aqui é só acidez - também há espaço para resiliência. Escrita por alter egos, esconde em suas profundezas ideias nas quais o leitor corre o risco d...
Estive pensando em viajar. Quebrar essa rotina de acordar com a perturbação do relógio, que violentamente me arranca dos meus sonhos. Aliás, é para lá que quero ir: para os meus sonhos.
Eles não estão no mapa, mas não é preciso geografia para sonhar. Lá eu sou dona de mim e os meus porquês esvanecem, pois já tenho as respostas - eu me torno Deus e minha onisciência reina sobre todas as coisas.
Viajar para os sonhos nada mais é do que um mecanismo de escape que, por sinal, é muito bem engendrado. Sim, porque a realidade é de uma barbaridade sem precedentes e nós temos urgência em fugir dela.
Não podemos ficar à mercê dos reveses que nos atropelam. Sonhar é uma jornada sublime. Faça as malas. Viaje para dentro de si, porque só você sabe onde fica esse destino. É como uma ilha particular, fora da rota de qualquer aeronave, fora da vista de qualquer navegante.
Eu esperava que fizesse sol na minha ilha hoje, mas está chovendo. Que bom. Eu adoro dançar na chuva.
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