Coletânea de textos reflexivos.
Obra revoltada, insolente, perturbada e de sagacidade aguda. Cabe acrescentar, inclusive, que é heterogênea, pois nem tudo aqui é só acidez - também há espaço para resiliência. Escrita por alter egos, esconde em suas...
Não há liberdade mais genuína do que ser livre para ter medo. Haja assombro para tantos amanhãs.
Por ene vezes me pus a tomar chá antes de dormir e, na companhia dos grilos, caí no descuido de praticar reflexão. Ah, mas que perigo essa história de exercer pensamento! Pensei comigo: quantos sóis ainda terei o privilégio de ver nascer? Ou, quiçá, chegará um dia que será um infortúnio vê-los? Eis que vem o medo.
Temo que amanhã eu não tenha mais prazer em ver o sol. Minha covardia me veste bem. Cai como uma luva.
Os dias seguintes seguem inevitavelmente incógnitos - e isso é uma lei universal, nem os grilos escapam. Aliás, eu também tenho medo de grilos.
Eu poderia escrever livros infinitos para dissertar sobre tudo aquilo que um indivíduo pode temer, porém prefiro fazer o sábio uso da brevidade. Portanto, findo aqui. O breve já durou muito.
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