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Chloe.

Eu só preciso de tempo. E isso eu tenho de sobra enquanto dirijo até West Lafayette.

Antes de sair, dou um beijo em Dustin e um em minha mãe. Eddie passou a noite na minha cama. Ele me abraçou até dormirmos e hoje de manhã, quando acordei, ele já tinha ido embora. Foi uma boa despedida.

Eu chego na cidade por volta da hora do almoço, paro para comer panquecas em uma lanchonete perto do campus, depois sigo para o meu apartamento.

Não existe um único sinal de que Marcus já entrou aqui, exceto pela extensa estante de livros no corredor. Mas acho que isso se tornou mais um símbolo do que nós fomos: um livro que chegou ao fim.

Passo a mão pelas lombadas dos livros enquanto sigo para o quarto.

Não pretendo desfazer minha mala, então simplesmente a jogo no canto do quarto, antes de me jogar na cama e dormir até o dia seguinte.

Tomo um banho antes de sair para tomar café da manhã. Vou para a mesma lanchonete do dia anterior, compro até um jornal.

Estou tomando uma xícara de café quando leio o anúncio.

"Estúdio musical à venda.
O estúdio West L. já está equipado com todos os instrumentos necessários, a parte técnica está completa e a cabine de gravação é grande e extensa.
Venha nos fazer uma visita. "

Tem um número de telefone embaixo.

A garçonete coloca as panquecas na minha frente.

-Oi, desculpa incomodar. -Eu digo a ela. -Você sabe por que estão vendendo o estúdio? -Aponto para o anúncio no jornal.

-Ah, o de música? -Ela faz uma careta. -O Sr. Geeler morreu. Era onde funcionava a rádio da cidade.

Eu a agradeço e começo a comer minhas panquecas, meus pensamentos fixos em um letreiro brilhante. O meu estúdio.

Steve.

Já se passaram dois dias desde que Chloe foi embora.

É sexta à noite, meus pais voltaram de viagem e minha casa fica um saco. Então encontro Eddie na escola. Eu não acredito que vou assistir um jogo de D&D.

-Como está indo as coisas? -Eddie me pergunta. Ele me dá um abraço.

-Bem, eu acho. E você?

-Era mais fácil quando ela não queria falar com você, mas ainda estava por aqui.

Eu mostro o dedo do meio para ele, que ri. Me sento no chão, o mais distante possível da mesa dos jogos, para não atrapalhar. Os meninos da banda estão aqui, mas Dustin e os outros ainda não chegaram.

-E a Chrissy? -Pergunto a ele.

-Ah, ela está bem. -Ele resmunga, senta ao meu lado no chão. -E você? Alguma garota em mente?

-Só uma. Você sabe quem é. -Pressiono meus lábios uns nos outros. -Mas eu tentei sair com a Heidi, ontem a noite, mas não rolou.

-Por que? O que aconteceu?

-Nós tomamos umas cervejas e aí ela tentou me beijar, eu deixei, mas depois… não funcionou.

-Vocês já não saíram antes? O que exatamente não funcionou? -Ele pergunta.

-Eddie. -Olho para ele, dou risada. -Aquilo não funcionou.

Ele olha para o meu rosto por meio segundo antes de finalmente entender.

To love a boy IWhere stories live. Discover now