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Eddie.

Ninguém nunca vai ficar tão bem em um vestido igual Chloe Henderson. 

Eu estou praticamente babando quando ela sai do banheiro com maquiagem e cabelo arrumados. E quando ela finalmente coloca o vestido e me pede para subir o zíper, eu começo a babar.

-Você está incrível. -Beijo o ombro dela. -Céus, baby, você parece a porra de uma pintura!

Ela ri e enlaça meu pescoço com os braços, fica na ponta dos pés para alcançar minha boca e ainda assim eu preciso me abaixar um pouco. Eu a beijo devagar, para não borrar o batom.

-Odeio quando você passa essas coisas na boca. -Reclamo. -Sua boca fica irresistível e eu não consigo te beijar sem fazer uma puta bagunça.

Chloe pega os sapatos dentro do armário e sorri para mim por cima do ombro. A boca tão bem desenhada com um batom vermelho escuro. Ela chega mais perto e se apoia em mim para calçar os sapatos, depois arruma meus suspensórios e a gola da camisa.

-Eu já disse o quanto eu amo quando você prende seus cabelos? Puta merda, Munson, você fica sexy demais!

Eu seguro os quadris dela e beijo seu pescoço. O cheiro dessa mulher! Meu Deus! Se o idiota do Harrington não se casar com ela de uma vez, eu juro que vou bater nele.

-Vamos? -Ela me pergunta. -Não quero me atrasar.

-Vamos. -Entrelaço meus dedos aos dela.

Chloe pega a bolsa em cima do sofá e as chaves do carro. Eu estou nervoso, não sei bem o porquê, eu não preciso impressionar minha mãe, é ela quem precisa. Não fui eu que fui embora.

Eu tento manter a calma ao longo de todo o trajeto até o salão onde vai ser o casamento. O sol está se pondo no horizonte, a luz laranja que entra no carro deixa Chloe linda de uma maneira surreal.

-Eu estou aqui, baby. -Ela sussurra para mim, enquanto entra no estacionamento. -Se você se sentir mal ou irritado, o que for, nós vamos embora. Tudo bem?

-Tudo bem. -Respiro fundo.

Chloe para o carro na frente do manobrista. Antes de descer, ela abre o porta luvas e pega um colar, usa o espelho retrovisor para se guiar e conseguir fechar o mesmo. É a minha palheta. A cor é a mesma do vestido, vermelho e preto.

-Pronto? -Ela sorri para mim.

-Pronto. -Sorrio de volta.

Eu abro a porta e desço do carro.

Nós nos sentamos nas cadeiras do fundo. A tenda chacoalha com o vento e faz um barulho irritante. Ou talvez eu só esteja sem paciência. Algumas pessoas passam e nós cumprimentam, mesmo sem saber quem somos. Ela sorri para todo mundo e é educada. Está totalmente entregue ao papel da perfeita esposa troféu. Algo me diz que ela tem experiência nisso e eu odeio pensar no porquê.

-Você está bem? -Ela me pergunta.

-Estou. -Respondo, beijo a mão dela que está entrelaçada na minha. -Só estou um pouco ansioso.

A ansiedade é por não saber como reagir depois de anos sem ver Marigold Jenkins Munson. Bom, agora ela não é mais uma Munson. Eu não faço ideia do que dizer, do que fazer. Eu devo abraçá-la? Dizer parabéns pelo casamento? Dizer que estou feliz que ela arrumou a própria vida enquanto meu pai está na prisão e eu tenho que vender drogas para poder ter dinheiro? Merda, não foi uma boa ideia vir. Até agora não tive nem um vislumbre dela, mas eu já esperava isso, ela é a noiva. E a noiva é a última a entrar.

To love a boy IOnde histórias criam vida. Descubra agora