Calamai

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Aviso: tem gatilho para crlh

O temido dia chegou, o carro preto de um dos homens de Minos para em frente a minha casa, respiro fundo e vou até lá. Passei o dia ansioso, sem conseguir me distrair com nada, temeroso por essa noite, e não é somente por tudo que eles me disseram do que eu deveria esperar, mas também pelo que eu pretendia fazer.
Estou reunindo todas as provas que posso contra Minos, irei enviar tudo para mídia e para o FBI, sei que não tenho mais como sair disso, o próprio Minos me disse que nunca me deixaria ir, e já que estou ferrado vou fazer isso acabar, ninguém mais vai ser aliciado, isso vai terminar de uma forma ou outra. Já juntei provas de que ele está envolvido com tráfico de drogas e pornografia infantil, mas quero conseguir também provas de prostituição e tráfico sexual, quero por um fim a tudo isso , e sei que filmar o Calamai será algo irrefutável.
Dentro do carro encontro Drew e Dennis , eles não me cumprimentam, estão nervosos, até mesmo a garota que já me disse que participou uma vez .
O carro estaciona em frente a uma mansão no meio do nada, há vários carros estacionados. Somos levados por uma entrada escondida e nos deixam em uma enorme sala onde há outros adolescentes, suas expressões variam de indiferentes, assustados e ansiosos, ninguém parece feliz por estar aqui. E então Minos aparece reluzindo uma satisfação que é quase indecente diante do estado dos demais, ele começa um discurso sobre satisfazer o cliente e se comportar, isso revira o meu estômago. Então ele faz um sinal e os capangas entregam mudas de roupa para cada um de nós, dezenas de adolescentes tiram lingeries variadas de bolsas, então seus homens nos oferecem pílulas e água.
- É melhor assim crianças, vocês não vão querer estar sóbrias e eu prefiro vocês dóceis.
Um a um vamos tomando a droga e abrindo a boca para mostrar que ingerimos, então eles saem e entra uma equipe para nos arrumar, antes de deixar me vestirem com essa roupa ridícula consigo convencer o maquiador a me deixar ir ao banheiro. Assim que vejo que não estou sendo vigiado, me esgueiro pela mansão distribuindo câmeras escondidas, também fico com meu colar onde há uma, fiz isso tudo correndo antes que a droga fizesse efeito, espero que tenha escondido bem.
Depois disso, tudo parece acontecer em câmera lenta e ao mesmo tempo é um borrão, só sei que me vejo no espelho e não me reconheço, a brilho em meu cabelo arrumado, parece que estou maquiado, uso uma tanga vermelha fio dental com suspensório, sinto certo alívio ao ver que estou com meu cordão, de repente há uma luz vermelha e música melódica, estão me beijando e vejo outras pessoas se agarrando ao redor, minha cabeça também está rodando, está acontecendo uma grande suruba e eu sou um brinquedo sexual.
Estou andando nu pela mansão, estou tentando ir a algum lugar, talvez o banheiro, mas me agarram no caminho, já fui tocado por tantas pessoas e vi tanta coisa que estou agradecido por estar drogado, sóbrio tudo isso seria assimilado e seria ainda pior.
Não lembro de ter me trocado, mas agora visto um blazer e uma cueca preta, e alguém está se apoiando em mim, sento na cama e uma mulher senta no meu colo, estamos nos agarrando quando Ethan se junta a nós. Tudo pareceu durar horas e acabar em minutos, sinto que agora estou ficando terrivelmente sóbrio, não lembro de nada enquanto flashes de lembranças me assolam, mas prefiro esquecer, não faço o menor esforço para lembrar, só quero saber onde estou e se já posso ir, Ethan me acalma e não sei como ele conseguiu mas me oferece mais drogas, jogo a cabeça para trás e sinto que a terra está rodando perturbadoramente rápido, alguém me carrega para fora e me veste outra vez.
Estamos sendo maquiados de novo e nos drogam de novo, vejo que estamos fantasiados todos com uniformes escolares, saímos da sala e logo cada um está ocupado, depois de um tempo vejo Ethan correr em uma direção e sem pensar me desvencilho e o sigo.
Ele está vomitando no vaso, tento o ajudar mas não sei o que fazer, o ajudo a se levantar e lavar o rosto quando parece que deixou de vomitar, mas ele está desmaiando, grito por ajuda e o coloco debaixo do chuveiro, ele não reage e volto a chamar por ajuda, até que os homens de Minos chegam e me afastam dele para checarem seu estado, vejo um deles fazer sinal de negativo com a cabeça e começo a implorar para levarem ele pro hospital.
Minos então surge na porta e Philip conta o ocorrido, me fixo na palavra overdose, corro até o garoto e tento o despertar, o capanga me afasta dele.
- Por que você não me deixa ajudar ele? (Questiono desesperado)
- Ele morreu, garoto (Philip diz grosso)
- Não! Levem ele pro hospital, por favor! Ele só está passando mal (insisto)
- Levem-no ,e dêem mais um calmante pro Nico.
Philip me segura enquanto dois homens levam Ethan para fora, eu continuo implorando para o ajudarem.
- Cala a boca! (Minos diz perdendo a paciência) Ele morreu, acabou!
- Isso é tudo culpa sua! (Disparo) Você matou ele. Por que tinha que drogar a gente? Eu te odeio! Estou fora, entendeu? Não me importo mais com nada! Vou ir embora e vou te entregar para polícia! Vou conseguir provas e te entregar. Não estou nem aí com o que vai acontecer, acabou ! Estou fora!
Não sei porque disse isso, talvez seja o choque e as drogas, talvez toda essa situação impossível, mas sei bem no fundo que acabei de me ferrar.
- Você acha que pode me ameaçar? Que pode se livrar de mim? Desde que te comprei você me da problema. Vou te mostrar que não dá para escapar de mim, que você me pertence.
Philip me solta e Minos avança em mim, ele me joga na parede e avança em meus lábios, seus toques são agressivos e minha tentativa de me soltar não tem efeito, além de o irritar, ele me bate mandando eu ficar quieto. Quando ele me joga no chão e sobe em cima de mim me enforcando vejo que vou morrer, e então perco a consciência. Acordo sentindo o chão gelado em meu rosto, sua mão agarra meu cabelo , sinto ele em cima de mim mordendo minhas costas.
- Que bom que acordou! Philip, não perca nada.
Então olho para cima e vejo uma câmera nos filmando, me debato mas me sinto fraco e ele me mantém preso, ele rasga ainda mais minha roupa e volta a me atacar, sinto ele abaixando meu short e digo zonzo para ele parar, então me sinto ser invadido, ele se move violentamente, sua mão está aferrada a minha cintura me mantendo no lugar e a outra agarra meu cabelo prendendo meu rosto ao chão, só sei que estou chorando quando ele diz para eu parar de chorar, e então os movimentos param e sinto ele gozar nas minhas costas.
Ele levanta se vestindo e manda Philip limpar a bagunça, o homem desliga a câmera e os dois saem sem dizer mais nada. Fico deitado exatamente da mesma forma que me deixaram, atônito sem pensar em nada, só repassando os eventos traumáticos dessa noite. Abrem a porta umas três vezes na intenção de usar o banheiro, o primeiro é um homem de cabeça branca e barrigudo que usa o banheiro como se eu não estivesse ali, o segundo é um cara de meia idade que abre a porta me vê e dá uma risada antes de a fechar, e a última é uma senhora que retoca a maquiagem e me dá um tapa na bunda antes de sair. Fico aqui até Philip vir me recolher, ele não diz nada quando me veste com o que sobrou da roupa e me leva no colo até o carro, por sorte minha mãe não dormiu em casa essa noite, ele me leva até o banheiro e deixa a banheira enchendo enquanto procura um pijama no meu quarto. Então me despe e me põe na banheira, me banha ,me seca e me veste, tudo isso em silêncio, me deita em minha cama, e antes de sair e fechar a porta diz.
- Durma, garoto! Vai se sentir melhor amanhã.

Anjo Caído ( Nico Di Angelo) Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ