Era oito e meia da manhã quando Kara irrompeu pela sala de Scarlett, com o rosto todo vermelho e culpa em seus olhos, carregando uma pasta em suas mãos e seu celular em outra.
- Senhora Johansson - Ela começou, se interrompendo brevemente ao ver a sobrancelha erguida da chefe - Me desculpe por ter atrapalhar. - Arregalou os olhos e engoliu seco ao ver Scarlett revirar os olhos, sem paciência - A dona daquela empresa está aqui e exigiu falar com a senhora.
- É mesmo? - Suspirou e tirou os óculos de leitura do rosto - Que merda hein? - Resmungou e apoiou o rosto nas mãos, mas logo se recompôs, se apoiando no encosto da cadeira - Qual é o nome dela?
- Agatha Harkness - Murmurou.
- Fale mais alto, eu não te ouvi. - Scarlett falou suspirando, tentando ao máximo não explodir de irritação.
- Agatha Harkness - Dessa vez falou mais alto, quase gritando e com a voz fina.
Scarlett a encarou por alguns segundos, fazendo a moça corar e desviar o olhar para a janela.- Nunca ouvi falar - Deu de ombros e revirou os olhos. - Mas pode mandar entrar, daqui dez minutos.
Kara acenou e saiu correndo da sala, perdendo Scarlett franzir o rosto sem paciência, se xingando por ter concordado com S/n de tentar ser mais gentil com Kara.
Scarlett, agora sozinha na sala, ligou para S/n e esperou pacientemente a moça atender, o que demorou três minutos e meio, já que S/n tinha a fama de nunca atender o celular e se atendesse demoraria muito tempo.
- Oi Scarly, o que aconteceu? - Perguntou e pode ser ouvido uma buzina pressionada furiosamente. - Se não for importante, você pode ligar depois? Não gosto de dirigir e falar no telefone.
- É importante querida, eu preciso que você escute uma conversa minha com a dona daquela empresa que ficou enchendo a gente desde o começo da semana. - Falou sorrindo, e ouviu um suspiro triste indo da outra linha - Ei, ei, pra que essa tristeza toda?
- Eu odeio ouvir você conversando com gente possivelmente perigosa e eu não ser capaz de interferir se não for caso de vida ou morte. - Resmungou. - Mas pode ficar tranquila, já que você pediu com jeitinho eu fico na linha, eu estou com o fone de ouvido, então nem a Rosie ou a Diana vão ouvir.
- Obrigado querida - Scarlett respondeu com um sorriso no rosto enquanto levantava uns papéis de cima da mesa e colocou o celular em baixo. - Vou te silenciar e você fica ouvindo, pode ser? Ela vai chegar daqui mais ou menos dois minutos.
- Ok, até daqui a pouco. - S/n respondeu resmungando, buzinou longamente e gritou um palavrão para o carro que a cortou - Vou matar aquele filho da puta.
Scarlett sorriu carinhosamente, mas logo disfarçou ao ouvir uma batida na porta, fez uma careta e rapidamente silenciou a moça na outra linha, que tinha acabado de jogar uma bolinha de gude na testa de quem a havia cortado.
- Pode entrar. - Scarlett falou com um tom condescendente, e fez uma breve careta ao ver Kara entrar com uma moça descabelada atrás dela. - Presumo que seja a senhorita Harkness?
- Presume corretamente. - A mulher respondeu com sarcasmo, se movendo para sentar na cadeira na frente da mesa, fez um gesto com a mão de dispenso para Kara, que ao receber um aceno de Scarlett, saiu da sala.
- Muito bem, posso saber o que você quer comigo? - Perguntou de uma vez, se recusando a parecer intimidada.
- Quero comprar a sua empresa - Respondeu direta, assustando Scarlett e fazendo um sorriso debochado aparecer no rosto da loira.
- E quanto você pagaria pela minha empresa? - Deboche tomou conta de sua voz e ela inclinou a cabeça.
- Essa sua empresazinha não passaria de dois milhões, mas eu pagaria três milhões para não ser chamada de mão de vaca - Fez um gesto de coragem ao se levantar e se aproximar de Scarlett, terminando de falar em um sussurro.
Scarlett não se intimidou, muito pelo contrário, começou a rir como se fosse a coisa mais engraçada que já ouviu na vida, chegando a jogar a cabeça para trás e colocar a mão na barriga para tentar segurar as risadas.
- Porque a risada? - Agatha perguntou erguendo a sobrancelha e se afastando.
- Você, oferecendo uma mixaria pela empresa mais requisitada da América inteira. - Continuou rindo escandalosamente. - Eu tenho muitas sedes em vários países e nem mesmo a minha sede no Haiti seria vendida por menos de dez milhões.
- Sério? - Agatha falou debochadamente e ajeitou a saia. - Eu te dou dois dias para pensar em aceitar minha proposta.
- Mulher, você é surda? Eu já te disse que nunca venderia minha empresa, muito menos por um preço tão baixo. - Scarlett suspirou e olhou para a mulher em sua frente como se ela fosse a pessoa mais louca do mundo, o que, de fato era.
- Eu sei aonde sua filha estuda, sei onde você mora, recuse a proposta e pode ter certeza que ela não sobreviverá - Se aproximou novamente de Scarlett, que agora a olhava assustada. - Não tenho problemas em matar e se você não colaborar, sua queridinha secretária vai rodar também.
Scarlett a encarou e desviou os olhos rapidamente, não queria demonstrar o medo que sentia, passou os olhos pelo porta-retrato de sua filha na mesa. Estava prestes a concordar quando se lembrou:
Quem havia tirado essa foto? S/n.
Quem que impediu a morte de Rose pelas mãos do pai? S/n.
Quem jogou Colin pela janela ao ver ele a ameaçando? S/n
Quem havia matado Colin por causa de ameaças e espancamentos dirigidos a ela e a Rose? S/n.
Quem sempre as protegeria e cuidava? S/n.
Quem acordava depois de apenas duas horas dormindo para não deixar Rose passar fome? S/n
E quem irá impedir que a mulher em sua frente as faça mal?
Scarlett abriu um sorriso debochado e se levantou, enquanto respondia a pergunta que sua mente fez.
S/n.
0-0-0
Kara olhou em choque quando Agatha foi jogada porta afora da sala de Scarlett.
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Bom diaaaaaaaaaaaaaaaa
Suas trouxaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas
Felicidade e alegria, porque a Agatha vai ganhar uma covinha
Até sexta.
Palavras: 1028
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Mommy give me the pacifier?
FanfictionS/n é assistente da linda, diva, rica, maravilhosa e casada Scarlett Johansson. Obviamente, isso não dá muito certo, ainda mais quando Scarlett começa a flertar descaradamente com S/n.