You Have My Soul - Aemond Targaryen

24. Corpos que propagam calor

— Futura esposa? — Aenys soltou uma leve risada, enquanto direcionava sua mão para tocar o rosto de Aemond suavemente. — Eu acredito em você, meu príncipe Aemond, mas eu tenho medo da situação da Triarquia piorar se perdermos o apoio de Pentos.

O príncipe suspirou, tentando encontrar uma forma de resolver aquela situação.

— Podemos pedir o apoio da Corte. — Aemond falou com esperança. — Com o apoio de Porto Real, a Triarquia sairia vitoriosa desta guerra. Eu tenho certeza, minha lady.

Aenys ficou em silêncio por alguns segundos, pensando se deveria pedir o apoio de Porto Real. Aquilo realmente daria certo? Era incontestável que muitos lordes ainda guardavam rancor pelo acontecimento de anos atrás — principalmente o lorde Corlys da Casa Velaryon, que havia sido demasiado prejudicado pelo bloqueio em Stepstones —  entre as três Cidades Livres e Westeros.

Então, qual era a certeza de que o plano de Aemond não falharia? Qual era a garantia de que Lys e as outras duas nações não seriam altamente arruinadas pela quebra da aliança com Lys? Aenys não poderia se dar ao luxo  de somente pensar em seu próprio interesse, quando uma guerra estava se sucedendo ao seu redor.

O príncipe Targaryen percebeu a incerteza e hesitação estampado na face da sua lady.

— Aenys, não custa nada tentar, certo? — Aemond falou e alcançou a mão quente de Aenys, que estava em seu cabelo, segurando firmemente em uma tentativa de passar segurança para a mais nova. — Eu escreverei uma carta para minha mãe e enviarei pelo corvo amanhã, assim que amanhecer.

Aenys soltou um leve suspiro e concordou com a ideia do príncipe. Afinal, Aemond não estava errado, não custava nada tentar. Até o momento, tudo é uma incerteza.

— Tudo bem, Aemond. Espero que, desta vez, o plano dê certo. — A garota deu uma risadinha, tentando achar graça na situação.

O príncipe Aemond estalou a língua e pensou um pouco, antes de arrastar o banco para ficar em frente às costas da mais nova. Aenys tentou se virar para ver o que o Targaryen estava fazendo, mas ele a impediu, colocando-a de costas novamente.

— Meu príncipe, o que você está fazendo? — O questionamento saiu de seus lábios suavemente; seu tom não era rude. Aenys não estava irritada ou desconfortável; ela estava intrigada para saber o que o príncipe tinha em mente.

O mais velho molhou as duas mãos com a água quente antes de levar até os ombros de Aenys, tocando suavemente na pele desnuda. O toque simples, porém firme, fez a garota reagir com arrepios que subiam desde dos seus pés à cabeça. O som de uma risada baixa flutuou pelos ouvidos de Aenys, quando o príncipe percebeu a pele dela se arrepiar ao seu toque.

— As servas já te auxiliaram a lavar suas costas? — Aemond perguntou e Aenys balançou a cabeça em sinal de negação. — Hum.

— Eu as dispensei antes, meu príncipe. — A voz suave da Targaryen saiu quase em um sussurro enquanto se inclinava para frente, dando mais acesso ao príncipe.

O movimento de Aenys fez com que seu tronco emergisse da água; ficando totalmente livre à vista. Seus seios descobertos e a presença de Aemond atrás de si fez seu sangue borbulhar e seu próprio rosto queimar, ganhando uma cor avermelhada, sentindo  vergonha e também outro sentimento que Aenys não admitiria.

A garota levantou seu braço direito até a altura de seu busto, cobrindo seus seios ao mesmo tempo que o príncipe Aemond continuava a molhar suas costas.

— E como você estava pensando em se banhar, hum? Certamente, você não consegue fazer isso sozinha, minha lady, já estava pensando em pedir minha ajuda? — Aenys não soube como responder essa pergunta. Na verdade, ela havia esquecido que ainda precisava que as servas esfregassem os óleos e ervas perfumadas em seu corpo.