Desde criança Ryen sempre teve um sonho, se tornar freira. Ela passou sua vida devotada e dedicada a igreja, sempre obediente, abrindo mão de uma vida normal para seguir sua vocação, longe dos pecados humanos. Mas, certo dia, ela conhece Tyler, um a...
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RYEN
Ouço batidas na porta, fecho o livro que estava lendo e me levanto, e quando abro, Tyler entra quase que imediatamente e me segura pela cintura beijando meus lábios, seu beijo tem gosto de bebida alcoólica e é tão desesperado, tão apaixonado, como se ele estivesse esperando por isso a muito tempo. Mordisco seu lábio e ele me suspende me pegando no colo, como minha criança, passo meus braços e pernas ao seu redor e empurro a porta com a mão a fechando, ele caminha comigo em seus braços até a cama e me deita devagar na mesma, então ele se afasta um pouco e me olha com um sorriso nos lábios.
– Senti sua falta. - Ele sussurra beijando meu queixo
– Também senti a sua. - Ele me olha e volta a me beijar, suas mãos tocam meu corpo me causando um pequeno desconforto por não estar acostumada com esse tipo de toque, então ele leva suas mãos por dentro da minha camisa e quando chegam até meus seios, levo minhas mãos imediatamente até as suas as tirando dali, ele se afasta para me encarar.
– Eu não quero esse tipo de coisa. - Digo.
– Respeito isso. - Ele me beija novamente e se levanta sentado-se na cama.
– Como foi seu dia? - Me sento arrumando minha roupa.
– Cansativo. Aquele festival vai acabar comigo ainda.
– O meu também. Limpar, arrumar a igreja, fazer decorações, ensaiar o coral, cuidar das roupas, isso é cansativo demais para mim.
– Chega a ser machismo.
– Você acha?
– O clero explora as freiras e as transformam como suas servas. - As engrenagens na minha cabeça começam a trabalhar, é verdade, o clero só tira vantagem de nós e no fim do dia estou com a mão calejada de tanto limpar para nada.
– Você tem razão.
– Tenho?
– Vocês padres fazem esse tipo de serviço?
– Não. Ficamos sentados e atoa o dia inteiro.
– Não quero viver essa vida injusta.
– Fico feliz em ouvir isso, querida. - Ele diz pegando minha mecha do meu cabelo e brincando entre os dedos.
– Você bebeu hoje?
– Como sabe?
– O sabor... Do seu beijo. - Me sinto envergonhada só por dizer essa palavra.
– Fui ao bar com o Adam. não se preocupe, Bebi pouco, estou longe de estar não sóbrio. – Você bebe com frequência? - Uma escuridão se estabelece em seu rosto quando faço essa pergunta
– Não. Não gosto.
– E porque?
– Acha a Nathalie ama o Adam? - Ele diz fugindo da minha pergunta.
– Acho. Ela se apaixona fácil.
– Conversei com ele hoje sobre o assunto, ele disse que não quer nada que ela quer por enquanto.
– E você acha que é verdade?
– Acho. Adam não parece ser o tipo de cara que vai se apaixonar pela Nathalie e sair daqui com ela nos braços.
– Mas isso seria romântico.
– Você gostaria de viver isso? - Ele me pergunta olhando nos olhos
– Eu? Claro que não. Que bobagem. - Abro um pequeno sorriso nervoso e ele acaricia minha coxa
– Está lendo o livro?
– Sim.
– Está acabando?
– Longe de acabar, você sabe, não tenho tempo.
– Eu sei. - Ele se estica e observo ele deitar na minha cama. – Deita comigo. - Olho para ele e me aproximo me deitando em seu peito enquanto ele coloca um de seus braços ao meu redor.
– Você precisa aparecer mais vezes, eu te procurei o dia inteiro e não te achei. - Ele diz
– Não tive tempo nem para almoçar hoje.
– Eles estão explorando vocês. - Seu tom de voz é frio e cruel
– Vai ficar tudo bem.
– Vou tentar mudar isso. - Ele diz acariciando meus cabelos, fecho os olhos e nem percebo quando eu adormeci. – Todos os dias a meia noite estarei aqui.