𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟒 - Cereja

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- Sabia que eu veria? - Pergunto.

- Essa é a única pergunta que você tem para mim? - Não, tenho milhares.
- Sim.

- Sabia sim.

- Incrível. - Suspiro. - Tenho que ir. Está tarde.
- Na verdade não, você está esperando até dar 1h para ir embora e poder dizer que veio e ficou até tarde. - Que tipo de maníaco ele é?

- Não quero ficar no mesmo ambiente que você.

- Temos muitos assuntos pendentes, cereja. - Cereja. Ouvir essa porra me causou um arrepio na espinha e uma ânsia de vômito.

- Não sou sua cereja. E não quero que me chame mais assim.

- Está bem, cereja.

- Você é irritante. Meu Deus porque você é assim?

- Estava testando uma teoria. Eu queria saber se as minhas palavras ainda mexem com você, Ryen. - Ele apaga o cigarro e desencosta da cômoda e caminha em passos lentos até mim.

- Está claro que não.

- Está claro que sim.

- Preciso ir. Não quero mais ficar, nesse ambiente. Você é um erro e é uma macha horrível do meu passado.

- Eu sou um erro? - Ele cruza os braços fortes na altura do peito.

- Exato.

- Porque eu sou um erro se você não fez nada de errado então? - Ele levanta uma sombrancelha em tom de humor, sinto seu hálito abraçando meu rosto e me tirando do meu juizo, talvez seja o álcool.

Dou a volta por ele e vou até o outro lado do quarto me encostando na cômoda

- Tyler o que você quer?

- Conversar. Quero só conversar. - Ele se vira e vem até mim. Levanto meu rosto olhando para ele.

- Você tem certeza? - Ele se aproxima mais e mais uma vez consigo sentir seu hálito e seu calor, ele está perto, perto demais.

- Conversamos depois. - Ele diz se aproximando mais e pressionando meu corpo na cômoda e separando meus joelhos com sua perna.

- Quer saber um segredo meu? - Pergunto completamente levada pelo álcool.

- Sim cereja.

- Eu não estou usando calcinha. - respondo em um sussurro me aproximando de seu ouvido e sinto sua respiração pesar. Então uma de suas mãos caminha devagar pelas minhas coxas subindo até chegar na minha região íntima, ele me acaricia com a ponta dos dedos sem pressa com calma e apreciação, meu coração dispara e em resposta meus lábios emitem um ruído quando ele deixa a delicadeza de lado e me penetra um dedo, depois dois, tudo isso sem tirar os olhos dos meus.

Perco todos os meus sentidos e puxo seu rosto para um beijo enquanto ele aumenta o ritmo das penetrações e não sei se presto atenção no beijo ou no prazer que esse homem tem me proporcionado.

- Cama. - Sussurro em seus lábios suplicando para que ele me esparrame pela cama e me cubra com seus lábios molhados

- Aqui. - Ele responde me suspendendo e me sentando em cima da cômoda, tirando os dedos de mim e beijando minha boca enquanto suas mãos sobem meu vestido e apertam meus seios, sei lá mais por quanto tempo eu vou aguentar isso.

Continua...

Crucified - Midnight Light Onde histórias criam vida. Descubra agora