𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 24 - Vamos sair

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RYEN

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RYEN

Semanas se passaram desde o ocorrido na garagem.
Honestamente, não sei explicar essa onda de sentimentos que vem me consumindo a cada dia, é como se eu precisasse do Tyler para respirar, como se eu dependesse dele o tempo inteiro para existir, é esse o sentimento de estar apaixonado? Ou é porque eu sou muito jovem? A questão é, o que eu vou fazer, de agora em diante, porque eu sei o que eu quero, quero estar com o Ty, mas e quanto ao convento e toda minha história aqui? E a minha família? Eu estou cogitando em desistir de tudo e viver esse amor mas o preço a se pagar por tamanho sonho é alto demais, e não sei se o Tyler está disposto a correr esse risco ao meu lado.

– No que você tanto pensa? - Tyler chama minha atenção acariciando meu rosto

– No nosso futuro.

– E em que você está pensando para nosso futuro? - Levanto o rosto para encara-lo e finjo pensar

– Na nossa casa, nossos cachorros e filhos. - Ele fica, pálido?

– Bons pensamentos. - Ele não foi sincero

– Na verdade, estou pensando se ainda quero ficar aqui. No convento.

– Porque não?

– Adam e Nath acabaram de sair, poderíamos ir também, porque ficar se não podemos estar públicamente juntos?

– Ryen amor, a questão é muito mais complicada do que você pensa. O mundo lá fora, é barra pesada, e não podemos tomar esse tipo de atitude sem ter um plano arquitetado.

– Eu vou ficar louca se ficar aqui mais uma semana.

– E eu preciso ficar.

– Chegamos a um impasse. - Ele suspira e deito minha cabeça no travesseiro.

– Cereja, eu entendo sua necessidade de quebrar suas barreiras e seguir sua vida, começar sua vida de verdade, como uma pessoa comum, mas eu, não quero isso agora, não quero sair agora sem ao menos ter onde cair morto.

– Adam e Nath deram um jeito, podemos dar também.

– Eles estão no apartamento do Adam que ele ganhou dos pais de aniversário de 10 anos. É muito diferente.

– Vamos para a casa dos meus pais.

– Ryen você acha que seus pais vão te aceitar depois de abandonar tudo por causa de um homem? Você acha mesmo?

– Que se foda eles.

– Onde você aprendeu essas palavras?

– Eu não sou criança.

– Você é. - Ele me olha, seus olhos frios estão tentando mudar minha cabeça, me convencer de que o jeito dele é o certo, de que devermos fazer o que ele decidir, infelizmente ele me ensinou a ser independente e que eu posso realizar minhas vontades.

– Uma criança chuparia seu pau até você ficar ofegante e gozar na minha boca? - Seus olhos castanhos piscam várias vezes processando minhas palavras e então vejo um semblante de malicia em seu olhar. Ele se aproxima beijando suavemente meus lábios e depois sussurra.

– Sua menina levada. - Abro um suave sorriso e ele volta a beijar meus lábios.

– Você fumou hoje?

– Porque a pergunta?

– Seus lábios tem sabor de essência de uva.

– Talvez um pouquinho. - Ele sorri e beijo seu rosto.

– Quero experimentar algum dia.

– Se você gostar, terei que puni-la. - Ele ri, como gosto de ouvir sua risada.

No dia seguinte, acordo decidida a mudar minha vida para sempre. E vou.
Vejo a irmã Elizabeth junto a irmã Mônica sentadas costurando alguns tecidos em um banco um pouco afastado no jardim, decido convidar Tyler para me encontrar lá, e ele chega, como eu esperava.

– Porque me chamou cereja?

– Senti sua falta. - Puxo seu rosto beijando seus lábios apaixonadamente enquanto ele segura meu corpo apalpando minha bunda.

– IRMÃ LANGFORD. - Ouço a voz da Irmã Elizabeth me chamando.
O estrago já está feito.

Crucified - Midnight Light Where stories live. Discover now