𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄 𝐓𝐈𝐌𝐄

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A HORA DO PESADELO by Stella Hawkins

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A HORA DO PESADELO by Stella Hawkins

Eu tenho uma teoria sobre sonhos ruins. Eles são como teias de aranhas crepitando assustadoramente em todos os cantos da sua mente, e a sua mete é como um labirinto que vai se estreitando, se arrastando e me assustando mais a cada esquina escura e amedrontadora.

O labirinto é feito de seu medo. Para alguns palhaços enfileirados, para outros seres grotescos e para alguns, eu acredito, que seja feito do próprio medo. Viscoso, nojento e grudando em sua pele a cada passo que nós damos no enredo dos nossos sonhos. Como areia movediça, quanto mais você se mexe, mas fundo você afunda.

As milhares de histórias de terror que tinha ouvido enquanto criança, agora se confundem em minha mente. Por um longo tempo eu me perdi em labirintos alheios, me afundando em lamaçais que não me pertenciam. Isso durou até eu entender meu próprio medo, até eu encontrar minha própria floresta visco que se estreita.

As paredes do meu labirinto são feitas de sorrisos perdidos e uma vida sacrificada. Por todas as paredes eu ainda me vejo uma criança sorridente caminhando com meu pai pelas ruas do Texas, as paredes logo são pintadas de vermelho sangue, voando por todos os lugares e eu tento correr da onda vermelha que tenta me afogar, mesmo que em certas partes do labirinto seja impossível me salvar.

No final eu sempre chego ao mesmo ponto. Há um carro para no meio de uma rua em completo caos, mas por algum motivo, todo aquele caos não parece notar minha presença. A maçaneta é metálica e fria, e eu sei o que vou encontrar assim que abrir a porta. Eu não quero entrar lá, mas não tenho escolha, no desespero para fugir do banho de sangue que me persegue, eu abro a porta e pulo para o banco do passageiro.

O carro está frio e sentado no banco do motorista está meu pai, com o mesmo rosto de quando nos vimos pela última vez, vinte anos atrás. Sua pele está pálida e ele está suando frio. E de repente eu tenho treze anos de novo no Texas.

Seus olhos sem vida me encaram, sua pele está pálida. Sem parecer notar minha presença, ele abre o porta luvas e retira de lá sua arma, a mesma que eu sei que ele usava no trabalho, a mesma que eu via diariamente sobre a mesa da cozinha, a mesma com a qual ele me ensinou a atirar meses antes do surto. Ele aponta a arma para a própria cabeça e puxa o gatinho. Seu corpo cai para frente, sua cabeça bate contra o volante do carro e ele nunca mais acorda.

Abri os olhos assustada e ofegante. Olhando ao redor percebi que não estava mais en um labirinto tenebroso. Joel me olhou pelo retrovisor com uma expressão preocupada, Ellie estava no banco ao lado dele, dormindo com a cabeça encostada na janela.

- Tudo bem aí?- ele perguntou alternando entre olhar para estrada e pra mim.

- Tudo. Foi só um pesadelo - respondi me recompondo e me sentando reta no banco.- onde estamos?

- Perto de Kansas City - Joel respondeu. - você sempre tem isso? Esses pesadelos?

- Esse pesadelo - corrigi. - é sempre o mesmo, todas as noites de todos os dias, a vida inteira.

BORN TO DIE           joel millerTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon