NASCIDA PARA MORRER "e na queda dos mundos, lutaremos lado a lado"
Stella Hawkins costumava ser uma garota normal. No auge dos seus treze anos, ela acreditava que seus maiores problemas seriam conciliar suas aulas com seus treinos de líder de...
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EU AINDA ESTOU AQUI by Stella Hawkins
Toda jornada tem um fim e eu tive que aprender desde cedo que a minha jornada séria perigosa e muitas vezes dolorosa.
Pessoas tem como objetivo viver e ser feliz. Mas as vezes isso não acontece, as vezes o destino escolhe uma parcela da humanidade para sofrerem as dores do mundo. E essa parcela da humanidade aprende desde cedo que o mundo é lugar cruel.
Essa pequena parcela da humanidade é chamada de mártires.
Pessoas como essas são obrigadas a crescer rápido demais; perdem a inocência muito cedo. Elas conhecem a crueldade de perto.
Eu sou uma mártire.
Embora a tensão estivesse instalada quando saímos dos túneis em direção às ruas, eu respirei aliviada quando vi a luz da lua iluminar nosso caminho.
- Sabe onde estamos?- Joel perguntou a Henry.
- Sim - o garoto garantiu.- do outro lado.
Nos dirigimos para a rua do residencial, escura e completamente vazia. Joel insistiu em em não usarmos lanternas, para manter a segurança. O que não era de todo ruim, a luz da lua nos permitia ver com clareza e as estrelas eram uma visão maravilhosa acima de nós.
Joel nos liderou, com Ellie, Sam e Henry seguido logo atrás dele e eu mantendo-me o mais afastada possível. Desde a conversa com Henry horas antes eu sentia que ele queria ficar o mais longe possível de mim e eu o entendia. Eu era uma lembrança constante de seu passado, assim como ele era a minha.
- Não - Henry disse assinalando para Sam.- ninguém vai nos achar aqui porque... meu plano funcionou.
- Então pare de falar se quiser que ele continue dando certo.- resmunguei.
- Só estou dizendo - Henry continuou - que eu estava certo. Agora descemos a rua, passamos pela ponte e... estamos fora.
Parecia fácil demais para se verdade.
- Então atravessamos o rio e depois? - Ellie perguntou. - Onde você vai?
- Ainda não sei. - Henry deu de ombros.
- Bem, vamos para Wyoming. - ela anunciou.
Joel olhou para ela com uma expressão de irritação. Era óbvio que ele não queria que o garoto soubesse pra onde estávamos indo.
- O que? - Ellie respondeu. - é um estado enorme, cabem mais duas pessoas.
- Sim - Henry esticou a sílaba. - ou talvez podemos apenas trabalhar em equipe e depois dizermos 'adeus'.
Eu nem percebi em que momento comecei a andar ao lado do homem, mas logo estava rindo da situação enquanto ele me olhava igualmente indignado.
- Não, ele vai mudar de ideia - disse Ellie a Henry. - confie em mim. É assim que funciona, ele sempre diz: "Não, Ellie." "Nunca, Ellie."