𝐖𝐄𝐋𝐂𝐎𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐀𝐍𝐈𝐂 𝐑𝐎𝐎𝐌

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BEM-VINDO AO QUARTO DO PÂNICO by Stella Hawkins

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BEM-VINDO AO QUARTO DO PÂNICO by Stella Hawkins

A vida é feita de escolhas que ao longo do tempo vão moldando e definindo quem você é. Posso garantir que de todos os meus arrependimentos mas sombrios, o maior deles foi ter percebido tarde demais o quanto minha vida estava sendo afetada pela presença de Joel Miller.

Uma coisa sobre o amor é que ele só é de fato assustador no início. Quando ainda é apenas uma fagulha lutando para queimar dentro do seu peito, mas quando as chamas se espalham e queimam como o inferno, é só aí que você percebe o quão poderosa é a sensação de amar alguém.

Quando eu era mais nova adorava ouvir histórias de princesas que se apaixonaram perdidamente por príncipes encantados e que faziam de tudo por esse amor.

A Pequena Sereia era a que eu mais gostava, pelo simples fato de achar ridículo ela ter trocado uma vida inteira como sereia para ficar com um príncipe idiota que ela nem conhecia direito. Aquilo soava patético pra mim no auge dos meus treze anos.

Hoje, vendo por outro lado, eu entendo a Ariel. Não digo que faria o mesmo, porque ainda acho ridículo. Mas agora sei que somos capazes de fazer loucuras impensáveis quando amamos alguém.

Digo por experiência própria, porque eu também já estive apaixonada. E assim como Ariel, eu fiz e disse coisas inimagináveis por amor.

No final das contas, a Ariel não era tão estúpida e ridículo como eu pensava. Ela só não examinou bem os riscos de suas atitudes... assim como eu.

Maria levou Ellie e eu para o cinema. Que nada mais era do que uma sala grande com várias cadeiras enfileiradas e um retroprojetor que deveria ser mais antigo que eu. Mesmo assim ainda era legal fingir que tínhamos algum tipo de normalidade, porque sm um mundo normal crianças e adultos realmente iriam ao cinema.

Eu me lembrava de quando ia ao cinema com minhas amigas nas sextas a noite, depois dos treinos de líder de torcida. Nós assistíamos ao filme mais bobo que encontrávamos e sempre sentavamos nas últimas cadeiras para poder fofocar em paz.

- Vocês tinham isso na sua época?- Ellie perguntou.

- Era um pouco maior e sempre tinham casais se agarrando, mas sim.- dei de ombros.

- Devia ser incrível.- ela comentou sorrindo.

- Era sim.

Ellie estava concentrada assistindo o filme que passava no telão, enquanto eu observava ao redor da sala, notando os olhares estranhos e curiosos que recebíamos. Haviam várias crianças sentadas ao nosso, inclusive a garotinha que Ellie amedrontou mais cedo e ela não tirava os olhos da mesma, ela parecia encantada com Ellie.

Mais ao fundo da sala estavam os adultos, muitos cochichavam entre si e muitos também mantinham seus olhos atentos sobre Ellie e eu. Observei quando Tommy entrou na sala e falou com um dos homens, ele pensou por uns segundos e logo saiu da sala.

BORN TO DIE           joel millerWhere stories live. Discover now