NASCIDA PARA MORRER "e na queda dos mundos, lutaremos lado a lado"
Stella Hawkins costumava ser uma garota normal. No auge dos seus treze anos, ela acreditava que seus maiores problemas seriam conciliar suas aulas com seus treinos de líder de...
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A TRAJETÓRIA ESCAPA O RISCO by Stella Hawkins
A minha vida nem sempre foi cercada se tragédias e potenciais desastres. Eu nasci em mil novecentos e noventa. A Guerra Fria havia acabado, a União Soviética estava por um fio. Os videogames, DVD's e computadores pessoais estavam começando a circularem no mercado. Eu nasci em uma época boa para se viver. Não haviam mais tantas guerras e o mundo não vivia mais com medo.
Eu nasci em uma época boa para se viver. Mas eu não vivi em uma época para isso.
O mundo que eu conhecia acabou em vinte e seis de setembro de dois mil e três. Minha vida boa também acabou naquele dia. E a minha luta pela sobrevivência começou.
Eu tinha treze anos.
Não é a idade ideia para uma pessoa no fim do mundo, se é que existe uma idade ideal pra lidar com essa merda. Mas com certeza, ser uma criança cercada por caos e destruição não foi legal.
Joel, Ellie e eu estávamos em um bar abandonado, com as janelas cobertas por jornais e impedindo que as pessoas de fora nos vissem. Desde que saímos da lavanderia minutos atrás, essas pessoavas estavam pelas ruas e aparentemente nos procurando.
- Eles não são da FEDRA, não não Vaga-lumes. O que eles são?- Ellie perguntou curiosa.
- Pessoas.- Joel e eu respondemos ao mesmo tempo.
- Estamos bem aqui?- ela me olhou.
- Por um tempo talvez - Joel respondeu por mim.- eles estam verificando os prédios primeiro. Mas não vão demorar para começar a verificar as lojas.
E vão nos achar. Completei mentalmente.
Me sentei no chão e apoiei minhas costas no balcão do bar. Joel se afastou das janelas e Ellie, curiosa como sempre, foi dar uma olhada. Peguei minha mochila abrindo a mesma a procura do kit de primeiros socorros que peguei ma casa de Bill.
Com cuidado comecei a limpar o sangue seco do ferimento em minha testa. Fechei os olhos sentindo a leve ardência e em seguida coloquei um pequeno curativo sobre o mesmo.
- Tem um prédio muito alto, tipo, há uns quatro quarteirões.- Ellie nos informou.
- Sim, eu vi.- Joel concordou.
- É pra lá que a gente vai?- ela perguntou curiosa.
- Assim que não tiver ninguém nas ruas partimos. O mais rápido possível.- Joel informou.
Joel se sentoi no chao perto das janelas, Ellie caminhou até o meu lado e se sentou ali.
- Você tá bem?- ela perguntou olhando para minha testa.
- Já tive ferimentos piores - dei de ombros.- você está bem?