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𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀
📍Rio de Janeiro, Brasil
~ que fase horrorosa.


Calor de quase quarenta graus, a casa só pra mim, piscininha daquele jeito...

E uma garota me encarando na porta de casa dizendo que tá grávida?

Qualé.

Não lembro nem de ter visto o rosto dela na vida. Apesar de que... Ela é bonita. Boca bem desenhada, cabelos compridos, pele limpinha... Hum... Maior corpão, se não fosse pela pequena pochete acumulada no ventre. É pequena demais pra parecer que tá grávida, mas como ela disse que está... Quem sou eu pra dizer o contrário, não é?

—É serio? — Soltei uma risada — Acho que você bateu na porta errada, moça. Não tenho nada a ver com... — Apontei pra barriguinha dela.

—Como assim não tem nada a ver? — Ela ergue o queixo pra falar comigo e de repente me dá um pouquinho de medo.

É que... Digamos que eu não tenho vivido quanto já vivi um dia.

Eu me lembraria de ter transado com uma mulher gostosa dessas... Né?

Apertei os olhos, passei a mão no rosto, puxei um pelinho da barba. Perdi a paciência.

—Moça de verdade... Você tá bem? Deve ter errado de casa, não sou quem você tá procurando — Me virei pra entrar.

Simplesmente não vou acreditar numa maluca. Não tem nem condições uma coisa dessas. Eu ando preparado por aí, sempre tem preservativos espalhados pela casa, na carteira, dentro dos móveis do quarto... Não ando jogando sem chuteira. Na verdade não ando nem jogando, então...

—Ah não? Não é você que tava naquela festa cheia de jogadores? Tem certeza que não era você que tava morto de bêbado dando em cima de mim lá naquele barzinho que tinha umas pranchas maneiras e uns drinks cheio de nome estranho? E “quem é você”? Quem sou eu o que, garoto? Eu tô na sua casa, falando que tô grávida de você e você tá dizendo que não sabe quem sou eu? Puta que pariu. Pois busque bem aí na sua memória que se o otário do Gabigol não lembra eu tenho certeza que aquele codinome péssimo que você deu pro seu eu que acha que é pegador e trapper deve lembrar.

Porra.

Parece que ela perdeu a paciência também.

Eu fui nessa festa mesmo. Tava vestido de um jeito que provavelmente não gostaria de lembrar e realmente tinha um barzinho cheio de pranchas e coisas que tinham a ver com o mar, o que significava que em algum momento ela me viu.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora