"𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄...
Eu nunca quis ser mãe ao contrário do seu pai, que sempre sonhou com a paternidade. Nós vivemos a vida inteira em mundos diferentes. Ele é paulista e sou carioca. Ele é rico enquanto e não tenho onde cair morta. A famíli...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Meta de 550 comentários. Coloca pra tocar Pés no Chão do Delacruz e boa leitura 💞
𝐏𝐈𝐋𝐀𝐑 𝐃𝐔𝐀𝐑𝐓𝐄 📍RIO DE JANEIRO, BRASIL ~ alguns dias depois.
“Querido bebê...
Acho que conheci um pedacinho diferente do seu pai esses dias. E aposto que esse pedacinho você também vai amar.
Pareceu cheio de vida, sabia? Acho que vai ser assim quando você nascer. Ele tá tão empolgado e talvez você seja o 'amor que cura' dele. Tô torcendo por isso.
Também tô me sentindo culpada e espero que você entenda minha decisão quando tiver grandinho.
Você vai ser um menino esperto (fazer o que, fomos escolhidos a dedo nesse quesito) vai precisar de alguém que possa te dar amor, carinho, compreensão e tudo que uma mãe pode ser capaz de fazer ou dar.
Eu não tenho nada disso, mas não significa que não... Que não te ame, tá bom? Você foi especial enquanto esteve aqui. Na sua casinha temporária. E o 'com amor' nos finais no bilhetes nunca foram em vão. Você acredita em mim? Espero que sim.
Com amor... Da sua c - ”
—Oi... Posso entrar? — Ele colocou a cabeça dentro do quarto e eu guardei correndo o papel e a caneta que estava usando — Tava escrevendo cartinhas pro bê?
—É... — Cocei a garganta — Entra, pode entrar.
—Então... Primeiro... Não vou poder ler as cartas? — Piscou abrindo a porta.
—Não — Murmurei desviando o olhar.
—Hum... — Ele murmurou de volta — Tive um dia péssimo — Coçou a cabeça e entrou, sem conseguir me olhar também, os braços atrás das costas e toda essa pose de quem... Sei lá. Parece triste — Queria recarregar.
Ah.
Que... Fofo.
—E também comprei umas coisas.
—Tipo o que aqueles consumistas fazem quando estão tristes? — Brinquei, abrindo espaço na cama pra ele só que... Ele senta na beiradinha. Lá longe.
—Quase isso — Soltou uma risada — Passei primeiro no mercado e comprei doritos e coca pra você. Um passarinho verde me contou... Que você andou desejando...
—Nossa, a Rose me paga — Segurei uma risada.
—Comprei mais coisas, a gente desce pra comer daqui a pouco — Apertou os lábios.
—E o que mais? — Perguntei com o coração batendo na garganta, os olhos procurando qualquer vestígio de qualquer coisa nele.
—Tô preocupado porque o bebê ainda não mexeu — Mordeu o lábio — Então comprei essa parada aqui.
