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𝐏𝐈𝐋𝐀𝐑 𝐃𝐔𝐀𝐑𝐓𝐄
📍RIO DE JANEIRO, BRASIL
~ papel e caneta

—Então, agora sim o bebezinho de vocês já consegue ouvir — A médica mostra um sorriso enquanto mexe nas televisões logo a frente.

O clima aqui dentro continua péssimo. Ele tá sentado e calado há tempo demais, não consigo decidir se isso é bom ou ruim. Acho que prefiro ele discutindo do que calado, sei lidar melhor assim.

—É o momento perfeito pra começar a interagir com a barriguinha da mamãe, papai — Ela continua, olhando pra ele agora.

—Ultimamente não tá dando pra interagir nem com a mamãe — O jogador resmunga do meu lado, me fazendo revirar os olhos.

—A partir de agora é bem provável que você pare de sentir tantos enjoos assim, já que os órgãos do seu bebê já estão todos formadinhos — A médica muda de assunto, graças a Deus — Só lembrando que isso depende muito de gravidez para gravidez. Pode ser que não passe tão rápido assim, então se acontecer é bom me contar pra gente dar uma investigada melhor. Tá pronta?

—Claro — Murmurei para ela.

—Vamos torcer pra estar bastante agitado pra conseguirmos ver o sexo, hum? — Ela continua. Acho legal da parte dela, parece gostar tanto do que faz que nem se importa tanto com os pais, quer saber se o feto tá mesmo bem e coisa assim — Você comeu chocolate algumas horinhas antes como recomendei?

—Sim, mas acabei vomitando antes de vir — Apertei os lábios, sentindo o olhar do jogador em cima de mim.

—Hum... Vamos ver — Diz, espalhando aquela gosma fria sobre a pequena protuberância na minha barriga — Já escutaram o coraçãozinho dele alguma vez?

—Não, pelo menos não em nenhuma consulta que eu vim — Gabriel responde, coçando a garganta.

—Então vamos lá, vou ligar pra gente ver se tá tudo certo — Ela diz baixinho, mexendo em alguns equipamentos.

Também nunca tinha escutado. Da última vez que estive aqui preferi não fazer, mas hoje... Sei lá. Ele tá aqui e isso pode de alguma forma... Ajudar?

O silêncio continua me incomodando, mas é substituído pelas batidas do coração segundos depois. É forte, constante e rápido. Faz meu coração acelerar também.

E olha... Não achei que fosse me sentir assim, mas o fato de estar escutando o coração de um bebê batendo... Um bebê que tá sendo gerado no meu ventre... Acho que isso mexe comigo mais do que deveria.

Algumas lágrimas se acumulam nos meus olhos e me vejo procurando pelo olhar dele dentro da sala. Sei lá. Quero saber se ele tá no mínimo sentindo algo como eu. E o que encontro... Nossa.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora