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𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀
📍RIO DE JANEIRO, BRASIL
~ de manhã.

Meu braço tá formigando.

Em algum momento da noite ela simplesmente tomou conta de mim. A perna tá levantada sobre a minha, a barriguinha tá me encostando e ela tá dormindo tão calma que não tenho coragem nenhuma de me mover.

Nem parece a mesma garota de quando chegou, assustada, briguenta e desconfiada.

Levantei um pouco a cabeça e dei mais uma olhadinha. Daqui a pouco vou precisar sair de qualquer forma. É dia de jogo e preciso estar cedo no CT pra concentração.

Tentei escapar com cuidado, tirar o braço debaixo da cabeça dela com movimentos sutis, mas ela se mexeu e fez o oposto do que preciso... Chegou ainda mais perto, a mão pousando no meu peito.

—Só mais um pouquinho — Murmurou apertando os olhos com força. Isso me faz soltar uma risadinha pelo nariz.

—Preciso levantar, linda.

—Nãoooo — Fez manha, me agarrando ainda mais.

—Ah... Quer dizer que embaixo dessa casca tem alguém carente e precisando de um colinho? — Perguntei com uma risadinha na voz. Ela abre os olhos e faz uma careta.

—Tá quentinho — Murmurou — Mas se quer tanto ir embora... Pode ir.

Meus olhos abrem e fecham devagar. Sinceramente... O braço dormente é o de menos. Queria ficar. Mas também acho que não é uma boa ideia, então jogo o edredom pra longe do corpo.

—Quanto tempo você não dormia tão bem? — Fiz graça.

—E quanto tempo você tava acordando me olhando? — Fez graça de volta, se esticando inteira no colchão.

A camisa folgada sobe, deixa metade da barriguinha de grávida à mostra e acho que não é só ela que tá diferente. Tô olhando pra tudo isso de um jeito que não conseguia quando ela apareceu aqui na porta.

—Também. Fiquei preso, pô. Tô acordado mó tempão, você não me deixou sair, não tinha mais pra onde olhar — Balancei a cabeça, jogando o edredom na cara dela enquanto ria.

—Ai que mentira. Se queria me admirar era só falar, sabe? — Jogou um travesseiro em mim.

—Jogando o travesseiro em mim porque bem precisou dele a noite inteira mesmo — Joguei nela de volta — Me usou a noite todinha.

—Justo. Achei bem justo — Me mostrou um sorrisinho — Esses braços enormes tinham que servir pra alguma coisa.

—Que abusada — Olhei pra ela de lado.

Ela ri, mas não responde. Ficamos em silêncio de novo. O quarto tá meio escuro ainda, tem um fiapo de luz entrando pela brecha da cortina e todo lugar parece interessante. O teto, a lâmpada... Tá do pra não olhar pra ela de novo.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora