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𝐏𝐈𝐋𝐀𝐑 𝐃𝐔𝐀𝐑𝐓𝐄
📍RIO DE JANEIRO, BRASIL
~ mesmo dia

—Oi, querida. Posso entrar? — Dona Rose pergunta da porta. Isso me faz fungar e sentar no colchão.

—Pode sim, tia.

Ela entra. Não acende a luz, mas caminha até onde estou colocando uma bandeja de café na cama.

—Você tá bem? — Ela segura meu rosto e enxuga minhas lágrimas e juro que nunca me senti tão acolhida assim em qualquer outro lugar.

—Ele conversou com os pais?

—Conversou, sim — Afasta a bandeja pra longe e chega mais perto, me envolvendo num abraço — Sabe... Não sei o que você passava lá na sua casa, mas quero muito que você saiba que enquanto estiver aqui e eu estiver também você não tá sozinha, tá bom? Tenho um carinho especial por você, menina.

—Obrigada, tia — Funguei de novo — Não sei o que seria de mim sem a senhora aqui.

—Tenho certeza que ele se arrepende de tudo que fez você passar desde que chegou aqui, sabia? — Passa o polegar pelo meu rosto — E a conversa com a Linda e o Valdemir foi tranquila. Tudo aquilo foi só o susto do começo, ninguém aqui vai te tratar mal. Prometo.

Nós duas trocamos um olhar.

Ainda tô com toda aquela conversa com ele na cabeça. Quando me perguntou o que eu queria dele. Foda. Eu queria tanta coisa. Queria não me sentir tão sozinha, não parecer um peso na vida das pessoas, ser bem-vinda. Amada.

Só que não posso pedir isso pra ninguém. Não quero que sintam pena de mim ou algo assim. Só queria que... Sei lá. Alguém gostasse de estar comigo.

—Obrigada pelo café.

—Ah não — Ela ri — Foi ele quem pediu pra mim vir te entregar. Acho que sabia que você não ia se sentir a vontade pra descer agora e quem saber de uma? Acho que ele te observa e te entende bem mais do que se entende agora. Ele tá te dando tudo que pode, mesmo que ainda seja pouco.

Pouco.

Parece mais do que eu já recebi a vida toda.

—E na verdade eu subi com o café, mas queria mesmo que você descesse hein? — Ela faz carinho do meu braço e isso já é tão Rose que me faz abrir um sorrisinho — Pensa que esse é o momento ideal pra você conhecer um outro lado dele. Dizem por aí que quando o homem é um bom filho... Então ele vai ser um bom marido e um bom pai também.

—E ele é? Um bom filho? — Perguntei apertando os lábios.

—Você pode descobrir sozinha se descer comigo. O que acha? — Ela toca minha mãe e me arrasta pelo colchão — Vamos lá... Vai ser bom. Juro.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora