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Maior capítulo da história até agora, então vou aumentar um pouquinho a meta 👀 300 comentários e se bater volto ainda hoje 🔓

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Maior capítulo da história até agora, então vou aumentar um pouquinho a meta 👀 300 comentários e se bater volto ainda hoje 🔓


𝐏𝐈𝐋𝐀𝐑 𝐃𝐔𝐀𝐑𝐓𝐄
📍 Rio de Janeiro, Brasil
~ foi gostoso.

Desde que vi o positivo no teste, não consigo me olhar no espelho. Não só porque me falaram coisas nojentas em casa ou porque eu não sonhava em ser mãe, mas porque não conseguia acreditar que eu tinha sido burra o suficiente pra cair no papo de um cara que eu não conhecia, por ter dormido com ele mesmo percebendo que ele não estava sóbrio, por ceder.

Naquela noite, tinha discutido com meus pais mais uma vez. Uma das garotas do bairro me chamou pra uma festinha, disse que tinham famosos e o boy que ela tava pegando conseguia colocar a gente lá dentro. Eu tava magoada e com raiva. Não aguentava mais escutar meus pais julgando minhas roupas, meu jeito de falar, meu cabelo... Então fui.

Não era bem o meu tipo de festa. Sempre gostei de uma coisa mais tranquila, mas já que estava lá... Peguei uma bebida. E outra. E numa dessas ele apareceu. Obviamente não tava bem. Pelo que a Catarina me contou a ex dele tava na festa também, eles estavam se evitando porque ela tinha largado ele pra ficar com outro jogador ou algo assim. Não sei muita coisa sobre e também não estava interessada em saber na época.

Ele me pagou uma bebida, conversou um pouco comigo, perguntou meu nome e estendeu o convite. Disse que conhecia o dono da festa e que tinha a chave de um dos quartos. Eu sabia que ele só estava fazendo isso pra se livrar do fantasma da ex espreitando, sabia que não ia rolar nada além de sexo, sabia que provavelmente ele não lembraria de mim no dia seguinte.

Mas estávamos bêbados e não nos protegemos e deu no que deu. E agora, olhando pro meu reflexo no espelho, acho que finalmente a ficha caiu.

Tem uma criança crescendo dentro de mim. Fruto de uma noite só. De uma noite que o genitor nem lembra.

Engraçado como uma única hora pode desgraçar a sua vida. E eu sei que a criança que tá crescendo aqui não tem nada a ver com meus pais serem do jeito que são. A criança não tem culpa de eu ter sido expulsa de casa, do pai não lembrar de ter dormido comigo, de me fazer sentir tão mal. E essa criança com certeza não merece sentir nada disso.

Dou uma olhada pra ondinha que está crescendo, querendo saber se teria alguma resposta, mas é claro que não. O feto nem está todo formado, nem escuta ainda.

—Sabe onde o Fabinho foi? — A voz do dito cujo pergunta, entrando com tudo no quarto.

—Não sei — Murmurei sem jeito por estar sem camisa.

—Atrapalhei? — Encosta o corpo no batente da porta e ergue uma sobrancelha enquanto me encara.

—Não — Resmunguei, virando pra pegar a camisa na beirada da cama — Eu tava, hum... Me vestindo.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora