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𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀
📍 Rio de Janeiro, Brasil
~ primeira consulta.

Sábado.

Sete e meia da manhã.

O treino do dia vai acontecer na parte da tarde.

Minha expectativa: ficar jogado na cama até meio dia, comer qualquer besteira antes de ir pro treino e encontrar uma festinha pra passar a noite.

A realidade: acordar sete horas e colocar a grávida dentro do carro. Tudo isso porque o Fábio conseguiu marcar a primeira consulta do bagulho lá do Natal em cima da hora e de encaixe, mas com um porém... Tínhamos que simplesmente abrir o hospital junto com aquela moça simpática do balcão.

Eu podia só pagar o uber pra ela ou só deixar ela se virar, mas não... A parte boa do meu cérebro me fez passar a noite toda na cama virando de um lado para o outro me sentindo culpado por algo que eu ainda nem tinha feito. Resultado final: eu e a grávida indo fazer consulta num sábado sete e meia da manhã debaixo de uma chuva do caralho.

A chuva continua caindo forte quando estaciono na vaga mais próxima à entrada da clínica. Já está aberto e assisto em silêncio ela desafivelar o cinto de segurança e se remexer no banco, virando pra me encarar.

—Você... — Limpou a garganta, desviou o olhar e encarou a entrada do hospital com o cenho franzido — Não quer entrar?

Porra. Que caralho de pergunta.

Não faço ideia do que fazer.

Se eu entrar e depois descobrir que o filho não é meu vou ficar me sentindo um trouxa e se eu não entrar e depois descobrir que o filho é meu vou ficar me sentindo a pior pessoa do universo.

Com qual dessas opções eu conseguiria lidar melhor? Provavelmente nenhuma.

—Melhor não, né? — Apertei os lábios, esperando que ela voltasse a me olhar. Talvez não quisesse entrar sozinha ou algo assim, mas... Não me olha.

—Tá — Estalou a língua no céu da boca, abriu a porta do carro e saiu correndo até a entrada da clínica.

Fechei os olhos com força deixando meu punho bater no volante do carro. Parece que a ideia de lidar com o fato do moleque não ser meu filho venceu, porque é questão de segundos pra que eu abra a porta do carro e entre na clínica junto com a garota.

—Ué? — Ela me olhou de lado, batendo na camisa enorme que está usando — Mudou de ideia? Não, espera... Melhor ainda... Lembrou que me pegou mais ou menos mesmo? — Soltou uma risadinha.

—Isso aí só prova que a gente não teve nada mesmo, cê sabe né? — Estufei o peito — Eu não pego ninguém mais ou menos, gatinha.

Ela continuou rindo enquanto tentava se livrar os pinguinhos de chuva que tinham caído no braço.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora