cap.136

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cap.136
Fany e sandres por sua vez estavam no jardim agora, após contar sobre a suposta decisão de Cassius a menina apenas se acomodou em seu peito e se deixou chorar um pouco, também lamentando.
Como planejado, eles ficariam naquele hotel até a próxima noite antes de seguir para a casa de Lilith.
— como você acha que Lilith vai ficar quando descobrir que nosso tio pode decidir mandar vocês para a Rússia? — pergunta Fany com a voz falha ainda com o rosto escondido no peito do rapaz.
— vocês não reagiram bem, imagina ela, mas podemos aproveitar, esse é nosso plano, vamos ficar aqui até o limite dos dias.
Enquanto conversam Lilith agora está jogada no chão dentro do quarto que fanny e Eloy outrora estavam, com o corpo estirado ela estava encostada na porta e celular sobre a face encarando o nome na chamada ‘Meu vadio’ ramis por sua vez estava na mansão de seu pai, na cobertura observando as estrelas com uma garrafa de vinho ao seu lado junto com uma taça, até o telefone tocar e aparecer o nome ‘meu mascotinho’ por um breve momento sorriu com a situação, já que havia sido a própria Lilith que havia mudado o nome de seu contato no celular dele.
/quando seu pai ver como seu contato está salvo em meu celular, ele vai ter razão em me matar. — comenta ainda sorrindo, naquele momento tenso, ela foi a única que conseguiu te dar um pouco de animo.
/Seus irmãos chegaram aqui… — resmunga baixinho.
/Eu sei… — suspira desapontado com si mesmo.
/Eu estava tão ansiosa quando os vi, pensei que estavam juntos, você vai vir amanhã?
/Nao, Lili… eu não vou.
/Ramis… estou sentindo sua falta, não quero esperar até o momento de voltar para casa para ir te procurar.
/Eu sei, também estou sentindo saudades de você, mas eu não estou com cabeça para te ver agora, eu não vou conseguir me controlar, porque na verdade eu não quero, então para não fazer algo que possa piorar minha situação, eu preferi ficar.
/Aconteceu algo? Os meninos estavam bem estranhos e levaram as meninas sem dizer nada, estou preocupada, porque eu tenho que cuidar de todos.
/meu mascotinho, está tudo bem, além disso se divirta, não fique chorando pelos cantos, eu só tenho algumas coisas para resolver. — comenta virando a taça cheia de vinho engolindo tudo secamente.
/Eu sinto falta de seu abraço, queria te beijar… te abraçar, acredito que Fanny e Eloy estão aproveitando ao lado das pessoas que elas amam, porque eu não posso estar ao seu lado.
/ Lili… a verdade… eu quero ficar sozinho agora. — sua voz embargou enquanto ele fita o céu escuro.
/Você não está bem… se você não vem me ver…. Eu vou até ai só um pouquinho para te abraçar, quando um não vem o outro deve ir, certo? — pergunta com os olhos marejados.
/Você é a graça que faltava em minha vida, sabia? Mas nesse exato momento eu só quero pensar um pouco, mas prometo que compenso depois.
/Não… eu preciso te ver, ver que você está bem, meu pai disse algo? O que está acontecendo? Você já disse a ele
/ Ele já sabe em partes, mas não tem certeza se estamos juntos ou não, mas em breve isso vai mudar, só te peço um pouco de paciência com tudo que vai acontecer, tudo bem?
A menina fica tensa, se as lágrimas antes estavam acumuladas agora deslizavam por sua face molhando o piso frio.
/ Tudo bem…
/Você vai dormir, já está na hora, mas lembre que eu amo você do fundo da minha alma e isso não é brincadeira.
/também te amo, Ethan. — suspira com a voz falha, quando ele encerra a ligação o peito dela aperta e ela se encolhe no chão, deprimida.
— Soube por seu pai que você estava em casa, fiquei surpresa. — comentou safira a alguns metros seguindo até ela.
— ah… mãe. — suspira a encarando desanimado.
— Como você está? O que faz aqui?
— Nada, só estou um pouco sem ânimo de ficar em casa.
— você não parece bem.
— Mas estou. — murmura a abraçando quando ela se senta ao seu lado.
— Por que está bebendo? Soube que seus irmãos viajaram e pensei que você estaria indo com eles.
Ele sorri desconcertado.
— Não, eu não daria conta de ir ver aquela menina.
— meu filho… tantas meninas e você se apaixonou mesmo pela menina favorita do Don?
— cegamente, isso é completamente ridículo.
— Não, levando em conta que a iniciativa foi dela, aquele dia ficou marcado para a história quando ele te beijou acima da escada, sabíamos que em algum momento seria inevitável por ela gostar de você e por você… apesar de ter se tornado um homem forte, ainda é sentimental demais, mas estou com medo que Cassius não reaja bem… — diz demonstrando tristeza.
— Mãe… como está a nossa antiga casa, você sabe? — pergunta de forma repentina deixando safira confusa.
— por que quer saber?
— Sei lá, era a casa do pai, ultimamente andei me perguntando que fim levou todo aquele império.
— Cassius queimou tudo com suas próprias mãos depois de matar aquele homem, por que está perguntando isso?
— Estive pensando em visitar aquele lugar, recordar das minhas origens, passar algum tempo longe.
— isso agora. — resmungou se levantando cética.
— não se atreva a sair dessa cidade para ir aquele lugar, chegarmos aqui foi uma benção e problemas toda a família tem, não esqueça que Cassius confia em você e te considera mais do que todos os irmãos dele juntos, e… mesmo que você tenha crescido e agora é um homem maduro e forte, eu não suportaria saber que você está naquele lugar, já fazem tantos anos, não se atreva a me deixar! — diz cética em seguida lhe dando as costas se retirando dali.
— ah… mãe, como você vai reagir sabendo que Cassius quer exilar nos três se você ama ele como seu próprio filho… — lamente baixinho enchendo novamente a taça.
Enquanto isso Kity está sentada à beira da piscina sozinha balançando a perna sobre a água.
— já estão todos em seus quartos, você não vai dormir? — pergunta ele se sentando ao seu lado.
— Eu não estou conseguindo dormir, mas dessa  vez você não precisa se importar, eu vou ficar bem… — explica desviando o olhar.
— você tem certeza, eu não tenho problemas em ficar por perto.
— não, não quero, ok? Sinceramente penso que já está na hora de voltar para casa.
— você está chateada com alguma coisa?
— não, eu estou muito bem, só não quero ficar em uma casa grande fechada com vários adolescentes inconsequentes, isso pode dar problema… — diz temerosa.
— Não vejo nada de errado, estão todos aproveitando como se fosse umas férias e você também deveria.
— Não! Não tenho nada para aproveitar, é irritante estar aqui, além disso não é adequado que você fique perto de mim, as meninas ficaram pensando coisas além disso a Lilith contou que estávamos dormindo na mesma cama, não quero cometer esse deslize de novo.
— eu não tenho problemas com isso, não fizemos nada de errado, não que fosse errado, afinal somos livres. — comentou indiferente.
Ela o encara cético, naquele momento, burburinhos surgiram em sua mente.
— ah… entendi. — diz se levantando. — você está se aproximando de mim… não por querer ajudar, mas por pensar que após presenciar aquele momento acredita que pode se divertir comigo? Me usar como aquele nojento fez… — murmura sorrindo amargamente enquanto algumas lágrimas desabam demonstrando sua frustração.
— Não!
Levanta cético e surpreso, mas ela sai correndo.
— Não… você entendeu errado! — tenta lhe dizer, mas ela já havia ido embora, não tinha ideia do que fazer, ele nem sequer havia pensado nessa hipótese, estava apenas sendo gentil, mas entendi suas inseguranças, apesar de tentar passar confiança sabia que ela não confiaria em ninguém com facilidade.
Ele a procurou para corrigir o mal entendido, mas não a encontrou, então seguiu para seu quarto.
Sandres levou Fanny para passear e tentar distraí-la.
— Tudo bem, eu quero descansar um pouco. — pede ela um pouco desanimada.
— tudo bem, você se importa de ficarmos no mesmo quarto?
— Você não me trouxe aqui para me deixar sozinha, certo?
— Não mesmo, mas poderia ser que você ficasse um pouco desconfortável.
— na verdade… estou. — confessou cruzando os braços, mas Sandres pega em sua mão desmanchando a posição, a conduz pelo corredor até uma porta, assim que ela entre ficar surpresa com o lugar enorme, além de uma hidromassagem quente que saia vapor. — você já tomou banho em uma dessas? — pergunta enquanto ela está petrificada olhando cada detalhe.
— Na verdade não… — diz se aproximando da borda.
— tem uma lagoa termal lá embaixo, eu dei uma volta antes de vir aqui e é incrível, se quiser podemos conhecer amanhã esses lugares.
— Por que não agora?  — sugere timidamente, ele a fita com as sobrancelhas erguidas em seguida sorrir.
— Pode ser, mas… temos que trocar de roupa. — sugere indo até o guarda-roupa.
— Lembro de uma conversa que tive com Lilith no dia que vocês chegaram e finalmente podemos abrir nossos sentimentos. — comenta enquanto ele apenas escuta buscando algumas roupas.
— Que tipo de conversa?
— Ela dizia que era normal conhecer o corpo da pessoa que ama.
Suspira criando coragem lentamente se despindo, sandres se vira confuso para indagar, mas encontra ela apenas de calcinha de pé próxima a cama.
— você ainda quer ir a lagoa termal? — pergunta sem fôlego a encarando de cima para baixo.
— Sim, você disse que tínhamos que trocar de roupa, então…
— Então você decidiu me deixar excitado? — esbafori indo cauteloso até ela.
— deixei…? — pergunta insegura.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora