cap,198

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CAP.198
Cassius leva os dois rapazes para as suas casas enquanto a irritação no corpo não aliviava.
— Lilith, amanhã no meu escritório para conversarmos e fazermos  um acordo. — Avisa Alan Diggory antes de sair do carro de Cassius.
— Tudo bem! — Concordo animada no banco da frente ao lado do pai enquanto os três homens estão espremidos no banco de trás.
Ela não havia rido antes, mas ver a cara roxa aborrecida de Ramis a fez segurar o riso.
— Você vai ficar no meu apartamento, certo? — Pergunta Ramis a Lilith enquanto seguem viagem.
— Não mesmo, só depois que você voltar a sua cor normal, isso se até lá eu ainda estiver com essa aliança. — Comenta indiferente.
— Você está brincando? Certo? Foi você que fez isso, agora seja adulta e vamos para minha casa.
— Não pode me obrigar, Ramis.
— Vocês vão brigar no meu carro? Porque eu posso resolver isso do meu jeito. — Resmunga Cassius seguindo viagem.
— Foda-se, isso é culpa dela.
— Eu quero ficar em frente a academia, eu vou pegar meu carro e vou para casa, não quero ficar nessa bagunça, além da minha casa ser um pouco longe demais. — Avisa Braston impaciente.
Cassius deixa Braston em frente a academia, assim que estaciona Ramis sai do carro e segue até o banco da frente e abre a porta do lado do passageiro onde Lilith está enquanto Braston sai do carro.
— Ramis, não abusa da sorte. — Cassius o alerta quando ele tira Lilith de dentro do carro a levando em razão de segundo para o banco do fundo se sentando ao seu lado.
— Você acha pouco? Ela aprontou e me deixou roxo e agora diz que não me quer. — Diz cético.
— Ela mexeu com seu ego? — Pergunta imparcial ligando o carro.
— Eu não vou entrar no seu apartamento enquanto estiver roxo. — Diz ela indiferente.
— Você vai, Lilith Seagreme.
— Não vou, além disso, o que você estava fazendo lá de novo depois de estar agarrado a um monte de modelos sem sal? Você sabe o que fez? Já não bastava o inferno que eu estava suportando por algo que eu queria e vocês simplesmente vivem invadindo meu espaço e ainda se sentem o dono da razão.
— Como se atreve a me repreender se quem fez besteira foi você? Você tem que arcar com suas ações.
— Eu não estava fazendo nada de mais, além disso o tio Braston não tinha nada haver com isso, estava sendo difícil para ele também, mas ele estava aguentando e me ajudando a aguentar, estávamos indo bem e eu finalmente tinha encontrado o meu lugar na sombra! — Resmunga chateada. — Por isso… você e meu pai me devem desculpas.
— Nem fodendo! — Esbraveja Cassius.
— Nem fodendo. — Conclui Ramis.
— Então eu também não vou ceder e vou continuar trabalhando naquilo que eu amo. — Resmunga ignorando os dois.
Assim que Cassius estaciona Ramis sai do carro no mesmo segundo batendo a porta do carro com força fazendo Lilith levar um susto.
Cassius observou até ele entrar em seu prédio e sumir, ao mesmo tempo que encara Lilith pelo retrovisor em seguida suspirando pesadamente  demonstrando desconforto.
— Tudo bem… agora que eles já foram, sei que está tentando deixar ele irritado de propósito e que não vai terminar por causa de uma tinta.
— Óbvio que não, eu amo Ramis, a propósito roxo é minha nova cor favorita, e ele está maravilhoso. — Diz sorrindo ternamente, Cassius balança a cabeça em negativa com a atitude de Lilith.
— Então por que não foi com ele? Apesar… de eu não gostar de vocês juntos, vocês já foderam tudo mesmo, literalmente falando. — Diz engolindo em seco tentando bloquear os pensamentos.
— Você está tentando ferrar minha carreira, pai, eu estou amando tanto isso… — Lamenta chateada.
— Não, olha para seu dedinho com a aliança, se fosse a sua mãe eu também ficaria louco, não quero ninguém além de mim a olhando com pouca roupa, ela é minha! — Rosna entre os dentes.
— Vocês tem uma mania de posse que…
— Você também é assim, se nenhuma mulher pode encostar no que é seu porque outros homens podem ter ver nua, além disso o que você fez… por mais que elas merecessem, machucou outras pessoas que não tinham nada a ver..
— Não dá para engolir sapos o tempo inteiro, você não sabe como me sinto, ainda mais quando elas começaram a me fazer sentir como se eu fosse um pedaço de lixo inútil e que… ah… eu não sei explicar, um nada e em nada, parecia impossível que essa aliança em meu dedo significava que eu tenho compromisso com o homem que elas considerava o mais lindo já visto naquele lugar.
— Está falando daquela coisa abominável que você escolheu se casar? Ele nem é homem, tá mais para uma bicha.
— Pai… — Murmura Lilith curiosa. — Ultimamente você anda falando tanto em gays, está tendo algum problema?
— O que? Claro que não! — Diz cético.
— Mas… você, por acaso você está sendo assediado por algum gay de novo? Sério? — Pergunta interessada.
— Apague isso da sua cabeça, isso nunca aconteceu.
— Não… desde que eu me conheço por sua filha, você é alvo de tudo que é tipo de ser humano, as mulheres e os homens te adoram! — Diz com propriedade o encarando animada.
— Saia desse carro e vá ver sua puta e me deixe em paz.
— Estão ano é? Você está sendo assediado, tá sim, eles estão te assediando, é duro ser meu pai, eu sei, eles te amam também.
— Na minha academia não tem gay, Lilith.
— Você que não ver, eles mandavam cartas para o Don, eu lia todas e jogava fora, aposto que essas cartas chegam até você agora, não é? Eu era seu escudo, ninguém mandou você me demitir.
— Que inferno! Até flores eu recebi e ninguém nunca sabe de onde vem esse caralho!
— Sabia! — Diz ela seria. — Nem vai descobrir, já que eles mandam meninas entregar, nem as moças têm essa audácia, mas as cartas são bem quentes viu.
— Nem me lembre, eu quero vomitar, eu já mandei um ultimato.
— Disse que iria executar vinte homens se por acaso recebesse alguma flor no seu escritório?
— Sim.
— Mas fez isso no departamento feminino? — Perguntou com deboche.
— Se eu for fazer isso no departamento dos homens eu serei uma piada! E não quero mandar nenhum dos meus homens também, porque não quero contar a ninguém.
— Ohm… Kaleu não ver?
— Ele pensa que é as meninas, mas… Que inferno!
— Tudo bem, quando eu terminar meus serviços eu vou até o departamento dos homens e descubro quem tem te assediado com as cartas eróticas.
— Ok.
— Pensando bem, estou com saudade do Ramis, vou vê-lo mesmo sabendo que ele vai me jogar para fora, ele é orgulhoso demais.
— Quer que eu espere?
— Posso demorar quase duas horas.
— Estou com tempo, suba e se por acaso ele não te jogar para fora, você me avisa, só por hoje vou te deixar livre.
— Tudo bem… obrigada! — Comemora saindo do carro.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora