Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.

cap. 278, cap. 279

Capítulo 278

Antes que se ouvisse o tão esperado "sim", como sempre, ainda faltava um elemento: Diego Orlov. De alguma forma, parecia que ele tinha uma surpresa para todos também. Ninguém poderia sequer imaginar o que aquele homem aprontou por anos.

Após todos finalmente estarem casados, uma música suave começou a tocar e envolveu todo o salão. Cada casal recém-casado se reuniu no centro do salão e dançou graciosamente. Os novos maridos com suas esposas sentiam a emoção transbordar enquanto seus pais os observavam ao redor.

Cassius suspirava pesadamente, segurando as lágrimas com todas as forças que tinha, enquanto Laysa chorava ao mesmo tempo que tentava conter o riso, tentando acolher Cassius.

— Vamos lá... pode chorar, Braston e Frederick nem aguentaram.

— Braston nem mesmo está prestando atenção nos dois filhos que casaram. — Respondeu secamente ao observar seu irmão com sua atenção fixa em Liziane, que mal se mexia em sua cadeira.

— Parece que ela já está se despedindo, não é? — Murmurou Laysa apreensiva.

— Ela já deveria ter ido, mas ele não está pronto para dizer adeus... é uma pena.

— Você está pronto? — Perguntou Laysa.

— Não, nem por um minuto. Mas às vezes, só às vezes, não podemos fazer nada, e esse é um daqueles momentos. Mas vamos focar na felicidade de nossos filhos e sobrinhos. — Anunciou, e quando a música acabou, ele seguiu até o centro do salão e resgatou sua filha.

— Pai... — Murmurou manhosa, abraçando-o com vigor.

— Pensei que ainda tinha alguma chance de você dizer não para esse marmanjo.

— Pensei que diria "vadio".

— Não é mais, ele agora tem uma coleira, o cachorro vadio agora tem dona e uma bem brava, certo? Se ele fizer algo, você mesma deverá cortar os órgãos dele e você sabe quais.

— Eu quero usar aquilo, eu não vou contar.

— Mudando de assunto, ou vou vomitar. — Resmungou, tentando esquecer o que ouviu.

— Estão todos tão animados e felizes; pode-se dizer que é um dia bastante feliz.

Cassius olhou ao redor e, em seguida, para Braston, sendo puxado e levado pelos dois filhos para dançar fazendo uma roda de ciranda no centro do salão. Ainda assim, a alguns quilômetros de distância, na cobertura do Al-stone, Edward, filho de Orfeu, consolava sua irmã gêmea, Felicity, ambos com uma taça de vinho, apreciando a vista da cidade.

O rosto da moça estava úmido, suas lágrimas não paravam de cair.

— Pensei que já tivesse superado, afinal já vai fazer três anos.

— Eu nunca vou superar, no mínimo eu e Ramis... — Ela balbuciou, bebericando o vinho. — Nossos planos, filhos, outro país, ele pensava em tudo isso comigo.

— Não adianta chorar, foi você que escolheu assim, infelizmente ele ficou com a ruivinha fofa. — Suspirou pensativo, Felicity o encarou com rancor.

— Eu sei que você ficou admirado com ela desde a época que a viu, deveria ter dado rosas vermelhas ao invés de brancas, faria mais sentido, e quem sabe... pelo menos ela não estaria com ele hoje.

— Pensei que gostasse dela.

— Não tenho nada contra Lilith, ou não tinha, sei lá! Não sei o que pensar agora, eu só quero chorar e lamentar por um tempo. — Resmungou, em lágrimas.