cap.12: Uma intrusa apaixonada pelo meu marido.

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cap.12: Uma intrusa apaixonada pelo meu marido.
Ramis conectou o celular nas imagens da parte em que a pessoa encapuzada estava e desceu a escada sem levantar suspeita, saiu sutilmente e seguiu até o local, a pessoa nem percebeu que ele estava se aproximando, só se deu conta quando a arma já estava em sua cabeça.
— Quem é você? — perguntou enquanto a pessoa mantinha a cabeça baixa sem revelar o rosto.
— Quanto tempo, eu sabia que você viria averiguar o que foi que ela tinha visto.
— Que saco! — asseverou baixando a pistola. — O que faz aqui? Pensei que não te veria mais.
— Esse era o plano, mas eu não consigo ficar longe de você. — confessou tentando se aproximar dele, mas ele cauteloso recuou.
— Você está ficando louca? Se Lilith insistisse em ver quem tinha invadido, você estaria morta.
— Não sei como se apaixonou tão cegamente por ela a ponto de esquecer o quanto me amou. — comentou desanimada.
— Você mesma fez com que isso acontecesse, agora não venha fazer discursos infundáveis sobre seu amor.
— Ramis! — asseverou buscando fôlego ao encher o peito de ar. — Se eu soubesse que as coisas caminhariam dessa forma, eu teria lutado pela gente, eu realmente pensei que estava te salvando, pensei que abrindo mão de nós dois as coisas ficariam bem.
Ramis sorriu cético.
— Você estava pensando que o mundo girava em torno de nós dois? Ou melhor! Que girava em torno de você? Você não era nem nascida quando essa guerra já existia, estava pensando demais, não acha? — perguntou com deboche.
— Ainda assim… como pode se apaixonar por uma criança, Lilith ainda é tão nova, mal parece saber o que realmente quer para a vida dela.
— Você acha, Felicity? — perguntou de forma intimidadora. — Lilith tinha mais contras do que a favor para estar ao meu lado, eu nunca sugeri fugir com ela, apesar de mais nova, aquela criança soube ser mais insistente naquilo que queria do que você, se você me queria, devia ter aceitado meu plano, nem que isso tivesse me custado a morte, isso não era nada para um homem que chegou a amar tanto uma mulher que no final jogou tudo fora.
— Não fala assim… por favor… — lamentou deixando as lágrimas escaparem. — Quando eu penso no passado, nos planos e talvez hoje já estaríamos até com uma família, isso vem me machucando profundamente.
— Não fique assim, construa tudo isso com seu marido, eu tenho alguém com quem meus planos valem a pena.
— Eu estou em processo de divórcio, desde o início esse casamento foi um erro, talvez o seu…
— Nem termine de falar esse disparate, quero que se retire agora da minha casa e não se atreva a voltar! — asseverou, mas Felicity tentou se aproximar dele tentando o abraçar, mas recuou surpresa ao ver que Ramis estendeu a arma apontando para ela enquanto ela engolia em seco sem acreditar que ele realmente estava fazendo isso.
— Por favor…
— Vá! — esbravejou irritado, ao gritar alguns seguranças apareceram na intenção de tirá-la de lá, mas ela se recusou.
— Não precisam me arrastar para fora, eu já entendi! — asseverou dando de ombros, mas antes de sair, encarou-o uma última vez. — Se eu tivesse que te dizer uma última coisa, eu te diria para fugir com aquilo que você mais ama, as coisas estão mudando, sei que vocês já perceberam, mas não é da minha conta e não posso ficar dando detalhes de nada. — resmungou em seguida indo embora.
Assim que Ramis retornou, ficou sem reação ao ver Lilith sentada no sofá, ela estava assistindo tudo que tinha acontecido.
— Pensei que era regra, quando um intruso invade nosso território, ele é morto.
— Merda… — sussurrou ao perceber que deixou o notebook no sistema das câmeras.
— Era a sua ex, certo? — perguntou sem delongas cruzando os braços, ele apenas forçou os lábios desconcertado. — Da última vez você não me deixou matá-la, mas eu vou te avisar só uma vez, ela vai nos trazer problemas, assim como meu pai estar por mim, eu estou por ele, se ela cruzar o meu caminho, pode se dizer que cabeças vão voar sem nenhuma hesitação.
— Lilí… está pensando que eu me importo? — perguntou então ela desviou o olhar demonstrando insegurança.
— Não é nada disso.
— Ah… não é? — perguntou se aproximando dela e com gentileza segurando a sua face. — Você não confia em mim? Então não tem noção do quanto eu te amo.
— Mas não parece, você, meu pai são contra a nós dois finalmente formamos nossa família, como acha que eu me sinto, até onde eu lembro, você planejava tudo isso com outra mulher.
— Não fale mais disso. — pediu engolindo em seco. — Não é como se eu não quisesse, mas tenho medo de como você vai reagir, se você vai ficar bem sabendo que está gerando uma vida em seu ventre, eu quero isso, mas preciso que você esteja pronta para lidar, bom… — suspirou pensativo. — Na verdade eu tenho que estar pronto.
— Tem medo que ela nasça na mesma condição que eu?
— Não é isso, eu sei que como ela vier ela será a minha filha, ou o meu filho, mas devemos planejar com cuidado, por isso eu digo que não é o momento de termos nenhum filho.
— Ethan… para mim só não é o momento por causa da crise que estamos enfrentando, caso contrário seria o momento sim, quando tudo isso acabar, quando recuperarmos os disquetes, comece a pensar sobre isso, eu quero um filho! — resmungou batendo o pé seguindo novamente para o quarto.
— Que mulher difícil! — resmungou sentando no sofá voltando a traçar o mapa, enquanto Ayrlon está reunido com Brady e Brendo na varanda de sua casa, os três rapazes estavam inquietos com a nova missão, era o mais arriscado que eles teriam que participar, mas não era nada que eles já não tivessem feito se comparar com o galpão que eles radiativo que eles selaram, mas o medo de Ayrlon era outro já que agora ele tem uma esposa e uma bebê recém-nascida.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Where stories live. Discover now