cap.202

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cap.202

— Talvez se a gente fingir que não conhece ela… talvez as coisas… — Murmura fany envergonhada.
— Não sei como isso funcionaria, afinal foi ela quem nos trouxe para cá hoje.

— Primeiro que Eloy nem deveria ter trazido isso para cá. — Leydi a repreende.
— Mas é tão raro quando a gente se junta… além disso estamos sem os rapazes e eu queria mostrar essas coisas a vocês.
— Sua mãe é um péssimo exemplo para você. — Fany acusa.
— Relaxa… ela me mostrou essas coisas agora, e disse também que o papai não gosta que ela use, ela diz que nem precisa, mas ama testa esses brinquedos.
— E porque você tem? — Pergunta fany cética.
— Porque eu também amo testar essas coisas. — Sorri comprimindo os lábios animada enquanto as meninas as observam confusa.
— Não entendi, porque  você fica tão animada?
— Vocês não sabem… mas tem um motivo muito bom para minha mãe ter todos esses produtos.
— Supostamente ela deve ter alguma parceria com um puteiro. — Comenta fany.
— Não, não, ela é dona de um sex shop, então ela vende essas coisas para a cidade inteira, ela manda os produtos de brinque paras as nossas tias para elas testarem e dizerem se é bom, e esse vibrador… ela simplesmente disse que não iria vende ele em sua loja para não ter que pagar indenização.
— E com razão, aquilo é assustador. — Diz fany sentindo calafrios.
— Silêncio e lá vem eles dois. — Avisa Kity.
— Então essas são as novas modelos da Shine Record? — Pergunta Alexandro ao ver as meninas tentando disfarçar.
— Eu peguei o brinquedo de vocês! — Diz Lilith levando até Eloy. — Bom… eu disse que era meu, mas ele disse que como tinha sido você que trouxe o brinquedo lhe pertencia. — Comenta Lilith desanimada.
— Ah… — Balbucia Eloy. — Pode ficar eu tinha trazido de presente para você!
— Sério! Vou mostrar a Ramis!
— Não! — Grita as meninas em conjunto enquanto Alexandro segurava o riso com a situação.
— Bom… — Se levanta Leydi criando coragem indo em direção a Lilith. — Você não precisa disso, pode me dar para mim.
— Não mesmo! — Diz escondendo o objeto ás costas.
— Lilith… — Leydi para de falar quando mais dois homens entram no estúdio.
— Já chamei os diretores para começarem os ensaios, o que acham das novas modelos? — Pergunta Enrico com o estilista ao seu lado.
— Bom… elas se encaixam em alguns padrões que eu procurava, como sabe estamos com uma linha mais jovem, e a mais novinha se encaixa perfeitamente. — Comenta sério.
— Verdade.
— Onde está Alan? — Pergunta o estilista.
— Já foi para casa, por esses dias somos responsáveis em supervisionar, principalmente a senhora encrenca ali já que Alan tem medo que ela derrube a empresa.
— Está falando da modelo prodígio?
— Sim!
— As Seagreme são bem fofas… — Suspira  Alexandro.
— Fala isso para Carine. — Comenta Enrico.
— Ariane poderá saber o mesmo se quiser, além disso só disse que achei elas fofas, elas são muito novinhas, temos que ter outros cuidados com elas, afinal virão alguns modelos e como você sabe…
— Sei! Mas está tudo bem, não vai acontecer nada, vamos estar supervisionando, afinal o perigo aqui está em elas matarem os modelos contratados. — Comenta Enrico discretamente enquanto o estilista analisa Lara, logo após cada uma das meninas.
— Elas vão servir, não são tão… mas vão servir sim. — Diz o estilista indiferente.
— Lara, seu pé já está melhor? — Pergunta fany quando os três homens saem do estúdio.
— Está bem melhor, como vamos fazer alguns serviços de modelo aqui, eu vou voltar para a academia depois disso, estou muito animada para modelar, nem acredito que mesmo com esse corpo eles me aceitaram.
— Mas não há nada de errado com você, pois é, se encaixou perfeitamente para a nova linha de cosméticos que eles tem que divulgar.
Cassius por sua vez parecia concentrado em outra coisa enquanto estava em sua sala junto com Kaleu.
— Você soube que Lilith saiu mais as meninas para algum lugar? — Pergunte Frederick.
— Ela não lhe disse? — Pergunta Cassius indiferente mantendo seu olhar fixo na tela do celular.
— Não, Eloy saiu bem cedo dizendo que sairia com Lilith e não quis me dizer para onde, você sabe?
— Sei, mas se sua filha não disse não sou eu que vai ser o fiscal, além disso são bobagens de Lilith. — Responde indiferente.
— Como está a sua irmã? — Pergunta Kaleu atraindo o olhar curioso de Cassius.
— O que quer perguntando sobre a minha caçulinha?
— Nossa. — Corrige Frederick.
— Kaleb estava perguntando afinal ela trabalha para ele, então ela tem que prestar conta.
— A academia é minha, que se foda o que seu filho acha, espero que quando ela volte ela saia daquele departamento. — Diz de mau humor.
— O que foi? Laysa colocou um macaco em seu quarto no lugar dela? — Pergunta Frederick.
— Não é da conta de vocês, além disso… — Murmurou se levantando e pegando seu blazer no encosto da cadeira. — Tenho que sair agora, cuidem de tudo, Braston vai ficar por pelo menos mais dois dias em casa. — explica e se retira da sala a passos largos, segue para o estacionamento no subsolo onde pega seu carro e segue viagem até a clínica de Nate.
Ele estava ansioso para ver o garoto, assim que entra na sala encontra ele sentado na cadeira de rodas próximo a janela, o menino nem mesmo tem coragem de encarar Cassius, mantendo o olhar baixo sobre o colo.
— Já soube? — Pergunta Filipe.
— Nate contou mais ou menos, mas metade ainda é alguma coisa…
— É melhor que nada. — completa sorrindo sem jeito.
— Sim… — Suspirou se sentando na poltrona um pouco desanimado.
— Eu não esperava que desse certo, mas pelo menos… alguma coisa pode ser feita, antes eu pensava que eu tinha muito a agradecer a meu irmão.
— Mas ele era só mais um filho da puta, Ramis tinha voltado a sua antiga casa.
— Cativeiro, assim você diria, não é?
— Sim.
— Ele voltou lá e encontrou seus exames, as marcações de consulta que ele deveria levar, mas ele usava a mesma receita de anos para comprar sempre os mesmos remédios para você. — Comenta enquanto o menino aperta os lábios formando uma linha ao tentar segurar as lágrimas.
— Ele nunca se importou de verdade, só fazia o que era mais fácil para continuar se dedicando às atrocidades que sempre contava com orgulho, eu sou um lixo que nem ele, não é? Porque muitas vezes eu achava aquilo legal.
— Se eu não tivesse te tirado de lá, você ainda acharia, eu tenho um filho um pouco mais velho que você, eu… antes eu não me importava com essas coisas, além disso tinha alguns caras que resolvia, eu era o vilão filho da puta e quando virei pai… percebi que eu não tinha nenhum valor realmente, eu tinha que dá algo para que ele não normalizasse as coisas que eu normalizava por não ser na minha família, mas a minha família ultimamente tem vivido tudo aquilo que eu mais temia. — Sorri sem jeito.
— Que bom que o senhor mudou, obrigada.
— Não desanime, ainda há muitas coisas boas para fazer.
— Por exemplo… te servir?
— Exatamente, será como um escravo, ninguém mandou machucar minha sobrinha. — Diz dando um leve tapa na nuca do menino que sorriu um riso fechado.
— Você vai contar a ela?
— Não. Para eles você e seu irmão estão mortos, você  tem uma nova identidade e uma nova vida.
— Porque faz isso?
— Eu te disse, eu tenho um filho um pouco mais velho que você.
— Boa tarde, haviam me avisado que você tinha chegado. — Diz Nate esbaforido como se tivesse corrido para encontrar Cassius. 

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora