12. Amanda

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Assim que abro os olhos pela manhã, noto uma enorme bandeja de café da manhã ao meu lado na cama. Mas o que me deixa surpresa são os infinitos buquês de rosas vermelhas espalhados por todo o quarto.

Depois de processar tudo, começo a chorar como uma boba

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Depois de processar tudo, começo a chorar como uma boba. Nunca fui tão amada e paparicada em toda a minha vida. Eu o amo tanto, e sentir que ele me ama da mesma forma, aquece meu coração.

Antes que eu pense em chamá-lo, ele aparece no batente da porta com um enorme sorriso no rosto. Anda até mim e se senta na minha frente.

- Obrigada - sussurro emocionada, em meio às lágrimas, por que no momento, não consigo elaborar mais do que isso.

Me surpreendendo mais ainda, ela se ajoelha ao meu lado, retira uma caixinha do bolso e a abre.

- Pequena, eu nem sempre sou bom com as palavras, nem com as atitudes. Eu sou falho na maioria das vezes, mas continuo um louco e ciumento cabeça dura que te ama acima de tudo, e que só deseja passar o resto da vida ao seu lado. Você aceita se casar comigo?

Choro, choro e choro mais um pouco. Me sinto tão feliz. Levo a mão à boca, tentando conter a emoção e balanço a cabeça confirmando.

- Sim. Eu te diria sim todos os dias meu amor.

Quando ele vai me beijar, corro para o banheiro para escovar os dentes e tomar um banho. De volta ao quarto, tomamos café da manhã entre muito chamego e várias carícias.

- Você fez tudo isso aqui só porque nós brigamos ontem? - pergunto divertida, querendo tirar um sarro da cara dele.

- Não pequena, eu queria ter feito isso aqui desde o primeiro dia que nós ficamos juntos.

Louco. Completamente louco. Mas um louco que eu amava.

Passamos o resto do dia fazendo sexo em todas as superfícies possíveis do apartamento. E a noite, ele me convida para jantar em um restaurante para comemorarmos o momento.

Quando chegamos, para a minha surpresa, nossos amigos e famílias estão ali, para comemorar conosco essa data. Depois de abraçar e beijar todos, estou em um canto conversando com Roberta e Dindinho.

- Ele te amava muito antes de sair da casa. Ele apenas foi embora com medo que você o rejeitasse pelo que aconteceu - Dindinho fala.

E eu fico surpresa. Por que ele nunca me falou isso.

- Como assim?

- Quando tudo aconteceu, ele não teve medo de nada. De pedir desculpas, de enfrentar o inquérito, do cancelamento que caiu em cima dele. Ele voltou pra terapia, fez e se dedicou pra que tudo desse certo. Mas a única coisa que causou realmente medo nele, foi que você o rejeitasse de alguma maneira aqui fora. Por isso ele foi embora. Ele ficou tão perturbado com a possibilidade, que não conseguiu ser racional em relação à isso.

E eu começo a chorar. Como ele pôde achar que eu faria isso com ele?

Roberta me abraça enquanto diz.

- Mas hoje vocês estão felizes. É isso que importa. Nunca o vimos tão feliz antes. Obrigada por isso Amanda. Nós te amamos muito. Você é nossa família e sempre estaremos aqui por você também.

Quando ela me solta é a vez do Dindinho me abraçar.

- Me desculpa, não queria te fazer chorar. Ele te ama de verdade, e seria capaz de enfiar um punhal no próprio peito antes de te magoar intencionalmente. Você já faz mais do que parte da minha família. É a titia da Maria e do Matheus e minha cunhada favorita.

Dou um soquinho no seu ombro.

- Eu sou a única cunhada que você tem, espertinho.

- Exatamente, por isso é a favorita.

Começamos a rir juntos. E eu não tinha dúvidas, aquela família, era a minha família. No mesmo momento, meu noivo chega.

- Vocês estão rindo demais - reclama um pouco ciumento.

- Estou dando algumas dicas pra ela caso ela ainda queria desistir - Dindinho brinca, mas Antônio levando a sério, fecha a cara.

Caímos todos na gargalhada. Ele tinha um péssimo senso de humor, mas eu amava absolutamente tudo nele.

Quando chegamos em casa, já na madrugada, ele me chama para uma conversa, que parece séria.

- Pequena, em breve eu vou precisar voltar para Miami.

- Tudo bem.

- Eu sei que vai ser difícil esse início. Eu só te peço paciência. Eu vou vir sempre que eu puder e sempre que você puder e quiser, as portas vão estar sempre abertas pra você lá na minha casa. Só te peço pra ter um pouco de fé na gente. Vamos fazer dar certo.

Como ele mesmo diz que eu sou o cão. Resolvo atentá-lo.

- Acho que relacionamento à distância não vai dar certo pra mim Antônio.

- Pequena...

- Não faz muito o meu perfil.

- Mas amor. Por favor, não faz assim.

- Eu não quero acordar todos os dias e querer te sentir, te abraçar e não poder. Não te ter aqui em todas as datas comemorativas ou não poder cuidar de você quando estiver doente. Eu quero poder dividir um cinema e uma pipoca com você durante uma sessão aleatória no meio da semana. Quero poder dormir agarradinha e receber café da manhã na cama. Quero a sensação de poder me reconciliar com você depois de brigas bobas, que proporcionam o melhor sexo da vida. Eu quero tudo.

- Não, não desiste da gente, por favor. Em breve eu me aposento, vou poder voltar para o Brasil - ele se levanta e começa a andar, exasperado. Quando o vejo ficar ansioso, resolvo acabar com a brincadeira.

- Portanto, se você me convencer bem. Talvez eu possa ir morar com você em Miami.

Ele para, me olha por longos segundos, e quando vê um sorriso de canto na minha boca, seus olhos se transformam e eu me sinto uma presa, prestes a ser devorada.

- Você estava brincando comigo esse tempo inteiro?

Balanço a cabeça concordando, enquanto mordo a parte interna da bochecha pra evitar rir.

Ele anda até mim, para na minha frente e me dá um tapa na bunda.

- Você é impossível pequena. O que eu faço com você?

- Eu tenho muitas sugestões em mente. Que tal se você começasse tirando toda a minha roupa?

Conforme pedidos. Continuarei essa fic por mais alguns capítulos. O que eram pra ser no máximo dez capítulos virarão pelo menos vinte. Comentem e engajem muito. 💋

DocShoe - Você pra sempreWhere stories live. Discover now