Cap 6

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Enquanto em casa

As minhas primas estavam sendo praticamente escravizadas.

É o castigo pelo que fizeram.

- Limpa direito esse banheiro! - Tio Vitor disse para Ashley que estava lavando o banheiro.

Por incrível que pareça, elas nunca haviam feito nenhuma tarefa de casa.

Tio Vitor tem dinheiro suficiente pra sustentar os chiliques delas.

- Limpou igual a sua cara né? - Tia Eva disse pra Charlotte que estava lavando os pratos.

- Quer saber? Isso me fez perceber algo. Nós sempre mimamos nossas filhas e por causa disso elas não sabem fazer as coisas sozinhas. - Tio Vitor falando parece um imperador.

- Tem razão, o que você vai fazer?

- Não iremos mais sustentar os chiliques delas.

Tia Eva não respondeu mais nada pois sabe que se interferir não vai mudar nada.

...

Depois de ter limpado a casa toda, Charlotte e Ashley se sentaram no sofá exaustas.

- Olha só pra mim! Eu estou toda suada! - disse a loira, vulgo Ashley.

- E eu? Eu preciso de um banho.

Elas estão pra choramingar.

- Auto! - Tio Vitor gritou pra chamar a atenção de ambas. - A partir de Hoje haverá uma nova mudança. - ela se entreolharam.

- Que mudança? - perguntou a loira.

- Eu não vou mais sustentar o chilique de vocês. Nada de mesada, cartão de crédito, compras, empregada. Acabou! Se quiserem algo, vão ter que lutar por isso.

- Ah não pai por favor! Isso é por causa do que aconteceu com a ____? Nós pedimos desculpas, eu imploro! - Ashley quase que se ajoelha.

- O cartão de crédito não. - As duas de abraçam choramingando.

- Sem chororô, é pra aprender que nada na vida é fácil.

- E desde quando a nossa vida é fácil? Quando o cartão dá erro a gente tem que pagar com dinheiro. - Charlotte diz inconformada.

- E agora não precisarão do cartão, vão ter que correr atrás! É isso e não encham o saco, nem meu e nem da sua mãe. - disse ele bravo.

- Tá bom pai. - Elas abaixaram a cabeça.

Tio Vitor saiu da sala.

- Quem ele pensa que é?

- O que nós fazemos agora? - Charlotte pergunta.

- Eu vou transformar a vida da ____ um inferno! Custe o que custar, por culpa dela isso aconteceu.

...

Voltando pra mim

Enquanto estava no quarto de Tom sentada na cama sem fazer nada, eu me lembrei que eu podia avisar aos meus pais de onde eu estava.

Me levantei nas pressas e fui pra lavanderia.

- Tom! Meu celular! - Eu o chamei e ele estava de costas.

Ele se virou lentamente.

- Esse aqui? - eu olhei incrédula para o aparelho nas mãos dele.

- Eu não acredito!

- Desculpa eu não vi linda.

- Ah não! era a única forma de falar pros meus pais onde eu estava! Tom! Como você não percebeu?!

- Eu só joguei as roupas na máquina e pronto.

- Meu Deus! - bati a mão no rosto. - você é burro ou algo assim?

- Calma gata, relaxa, jajá vai pra casa e tudo vai voltar ao normal.

- Ficou maluco? Eu não conheço a Alemanha, Tom! Não vivi aqui, não reconheço as ruas. Por sua culpa eu estou sem celular!

- O que é que ta acontecendo? - Wesley safadão apareceu na porta da lavanderia.

- Ele queimou meu celular! - falei indignada.

- Não queimei não! A culpa não é minha que eu não vi na calça.

- Seu idiota! Você não revista os bolsos antes de lavar?

- Eu não, eu não carrego nada, deveria tomar conta do que é seu!

- Ah! Quem é você pra falar isso? Não sabe nem se cuidar direito, como eu vou falar com meus pais agora?

- Olha quem fala! Eu que te salvei!

- Seu---

- Tá bom chega! Vocês podem resolver suas diferenças, ou talvez encontrar onde ela mora, você não sabe? - ele perguntou pra mim.

- Não...

- Ai você piora né linda, como não sabe a própria casa onde mora? - Tom provoca.

- Talvez porquê eu acabei de me mudar! Seu menininho escroto e mimado! - o dei um tapa.

- Opa perai! Escroto eu nunca fui! Mimado muito menos.

- Calma gente! - Georg fica entre nós.

- Seu idiota! - tentei atravessar Georg para bater em Tom.

- Idiota também não.

- Você me irrita!

- E você me deixa com tesão. - ele disse provocando com aquele sorriso de canto.

- Ugh! - eu sai indo pra outro lugar.

- Ai Deus. - Georg bate a mão no rosto.

Não posso negar que ele é muito atraente com aquele piercing nos lábios que ele passa a língua toda vez que está comigo, um gostoso eu diria.

Mas perai! O que eu estou pensando?!

Ele é um idiota mulherengo! Homens assim não dá pra confiar.

Não posso cair de amores por ele.

Pirei da cabeça? Pensar nele?

Nem pensar!

- No que tanto pensa? - Bill chegou na cozinha me tirando do transe.

- Hum?

- Você estava olhando pro nada, no que estava pensando?

- Ah... em nada.

- Está apaixonada?

- O que? Eu não!

- Sei, pensa que eu não me lembro do que eu vi no quarto do meu irmão.

- Ai Bill não houve nada, Eu só estou pensando o quanto seu irmão é burro.

- Por que?

- Porque ele queimou meu celular!

- Nossa! Ele se superou nessa.

- Ele não revistou os bolsos.

- Ah sim, nós normalmente não usamos os bolsos, só se estivermos sentados por muito tempo.

- Entendo.

- Não foi o que pareceu. - ele riu.

- Dá um tempo Bill, nunca que eu e seu irmão vamos nos dar bem.

- Os opostos se atraem linda, nunca ouviu falar?

- Quem acredita nisso? Só um tolo pra acreditar.

- Pois eu acredito.

- Bill, me desculpa, eu não quis dizer desse jeito.

- Tudo bem, eu entendo.

- Eu tô começando a ter um amor por você só nesses poucos dias que estamos convivendo.

- E não se esqueça que nós vamos trabalhar juntos! Que demais!

- É, com certeza.

Destinos traçados - imagine Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora