Cap 2

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Será que tio Vitor ainda está lá embaixo?

Não acredito que acabei de chegar e já acontece isso.

Assim que as portas do elevador abre saio rápido sem olhar pra frente.

Acabo esbarrando com força em um garoto todo coberto. Derrubei meu celular e na pressa o peguei.

- Porra! Olha por onde anda!

- Ei olha! O tom está ali! - diz uma garota para um grupo de garotas. Começou a se reunir um monte de garotas perto do elevador.

Percebi que o boné dele havia caído no chão e foi assim que o reconheceram.

- Ei Tom! Não há tempo! Vamos embora. - disse um garoto emo para ele.

E assim o encapuzado saiu correndo junto com mais 3 pessoas.

Eu sai na pressa a procura do meu tio.

Demorei e até agora estou procurando ele.

Resolvi ligar pra ver onde ele estava.

Tentei abrir meu celular, mas não estava conseguindo. Será que...

Não acredito! Este não é meu celular!

Em meio ao desespero, recebi a ligação de um número desconhecido.

- Alô? - uma voz masculina soou do outro lado.

- Oi, aqui é a garota do aeroporto, lembra?

- Sim sim, olha só... nós trocamos de celular

- E agora? Preciso do meu telefone.

- E você acha que eu não preciso do meu?

- Eu tava pensando em colocar nos achados e perdidos do aeroporto.

- Não! Não! Não! - ele disse desesperado.

- Então o que eu faço?

- Olha só... - ele ficou em silêncio.

- Ta ai ainda?

- Só não coloca esse celular nos achados e perdidos. Eu vou marcar de te encontrar ainda hoje e não tenta ver nada desse telefone!

- Tá certo, eu não sou bisbilhoteira.

- Eu não confio em qualquer um. Mandei o endereço, é só ver na aba de notificações da tela de bloqueio, uma van branca vai estar te esperando na frente do aeroporto.

- Estou indo agora, tchau. - desliguei.

Não é possível que eu cheguei e isso aconteceu.

Eu tenho muita sorte.

Recebi a mensagem do celular do garoto e como ele havia dito eu pude ver na aba de notificações.

Não achei meu tio lá fora, então deduzi que ele não me esperou e foi embora.

Tentei achar a tal van que ele disse, havia um homem no banco do motorista.

- É a senhorita que trocou o celular? - o desconhecido me pergunta.

- Sim sim, sou eu.

Entrei no banco de trás, não ia confiar em ir no banco da frente com um homem que eu nem conheço.

Foi um caminho longo. Cara, onde esse garoto morava?

Se tivesse que voltar pro Brasil chegaria primeiro do que na casa dele.

E a casa é enorme. Enfim, chegamos finalmente.

Pude sair da van e esticar minhas pernas.

- É por aqui. - o desconhecido me guiou.

Destinos traçados - imagine Tom KaulitzOù les histoires vivent. Découvrez maintenant