Cap 44

602 48 15
                                    

Tom falou que não havia acontecido nada de grave e que iria cuidar dos meus ferimentos.

Mas estamos num hospital né?

Deixa isso pros profissionais.

Agora está eu e ele com um band-aid nos cortes.

- Não era pra eu ter saído - ele diz - desculpa.

- Não tem problema, você não sabia.

- Mas mesmo assim, imagine se uma fã maluca entra aqui.

- Claro que não, tem um segurança na porta.

- Ela poderia muito bem dizer que é alguém da família.

- ...

- Não saio depois disso.

- O que você trouxe com você?

- Eu tinha negociado com o cara da cantina, eu paguei pra ele uma gorjeta em troca dele me dar um lanche e não falar nada pro médico.

- Você é terrível, Tom Kaulitz!

- É só porque aquela sopa é péssima.

- Agora você me entende.

- Uma vez na vida não faz mal - ele abre o saco do lanche.

- Eu quero o pastel folhado.

Eu pego o pastel logo dando uma mordida.

- Nossa que delícia...

- Sim, assim como a sua boca.

- Começou...

- A gente pode se beijar depois daqui?

- Claro que não seu safado!

- Por que não?

- Você lembra do que o médico disse?

- Não é como se a gente fosse transar.

- Eu te conheço, Tom. Sei que você depois de um beijo já vai estar com um fogo de 200 graus.

- Que mentira! Eu não sou assim! - ele bota a mão do peito como se tivesse ofendido.

- É o que? Eu duvido que você seja um santo.

- Então eu vou te provar - ele vem até mim.

- Nem vem! - me afasto.

- Calma, eu não vou fazer nada.

- Duvido muito! Na primeira oportunidade já estaria em cima de mim.

- Tem razão - ele senta na cama.

- Vai comer seu lanche!

- Só depois de um beijo.

- Não! - viro o rosto.

- Ah é? Não fala mais comigo - ele sentou na cama dele em silêncio.

- Vai ficar assim por causa de um beijo? - cruzo os braços.

Ele não responde e fica em silêncio.

- Tom, para.

Ele continua comendo o lanche dele em silêncio.

- Seu idiota!

Ele se levanta e vai até o lixo pra jogar a embalagem do lanche fora.

Aproveito pra puxá-lo pelo braço.

Ele cai em cima da cama e eu o puxo pra beijá-lo.

Minhas mãos seguram o rosto dele sem deixar que ele escape.

- E agora? - eu digo.

- Melhorou - ele diz sorrindo.

Suas mãos me puxam pra outro beijo.

A maçaneta da porta faz barulho e a porta se abre revelando Bill, Gustav e Georg.

Nos afastamos rapidamente.

- Quando vocês planejavam nos contar? - Bill foi o primeiro a perguntar.

Destinos traçados - imagine Tom KaulitzWhere stories live. Discover now