34. The Sea swallowing the Sun (Editado)

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Esse capítulo foi editado por conter cena +18.

⸻ 𓆉 ⸻

Aonung sentia o coração dele acelerado. Porém era fácil ignorar o nervosismo sufocante crescendo por baixo da superfície quando a mão de Neteyam estava enrolada na dele. Quando a mão morna do Sully estava na sua, tudo ao redor parecia não valer a pena, só aquele momento especial.

Ele segura a porta do cômodo e ambos garotos passam pelo batente, obrigando suas mãos a se afastarem e a realidade sufocar a garganta de Aonung como uma garra. Tentou engolir em seco, porém a ansiedade falou mais alto e precisou voltar os olhos para Neteyam, para sentir-se menos pressionado pela realidade.

É só o quarto do garoto que gosto, não é nada demais!, tentou pensar com calma, porém nada calmo veio em seguida daquele pensamento, já que Neteyam fechou a porta do próprio cômodo, como se quisesse, precisasse até, de privacidade com Aonung.

O céu noturno os concederia às sombras que eles tanto queriam para se sentirem confortáveis, se sentir acolhidos.

Uma coisa que Aonung poderia se orgulhar posteriormente era seu dom de ler pessoas. Não pessoas quaisquer, porém ler Neteyam, para os olhos oceânicos, aquele corpo magro e alto era como um livro aberto. As mãos firmes de Aonung rapidamente instalaram-se nos quadris de Neteyam, procurando por confortá-lo, vendo as pupilas dilatadas nos olhos âmbar do garoto mais lindo que Awa'atlu já colocou os olhos sobre. Instantaneamente os braços magros se moveram em um abraço ao redor do pescoço de Aonung, o puxando para perto. Sua respiração soprando contra o rosto do outro, mais rápida a cada segundo que passava.

Os dois garotos estavam nervosos. Questionando-se se aquilo deveria acontecer do jeito que estava acontecendo.

A curva do peito de Aonung contra a do Neteyam, a barriga lisa do Sully contra a do Awa'atlu, não foi necessário começar um segundo beijo para Aonung sentir o volume na calça do outro encostando em si enquanto seus olhos engoliam-se. Sol consumindo mar, mar engolindo Sol.

Seus polegares deslizam para debaixo da camisa florida de Neteyam, percebendo os pelos dos braços do Sully se levantarem instantaneamente, o que o faz sorrir e o Sully o xinga baixinho, desejando apenas que ele fosse menos provocador. Pele com pele, o mínimo dos toques e ambos já estavam rendidos.

— Teyam — Aonung diz como alarme, a palavra é um fio de voz, rouca e sussurrada, tão sedutora que mesmo que não provocativa, causou o completo oposto no Sully, que aproveitando sua já proximidade, cala a boca do parceiro grudando sua boca na dele. Se pensasse demais iria desistir, se pensasse demais iria expulsar Aonung de casa. Ele não queria pensar, apenas fazer.

Sua língua quente invade a boca de Aonung e enrolando-se na do outro, um beijo embriagador se inicia, onde peças de roupas são arrancadas, cabelos são puxados e pedaços de pele são apertados. Aquele beijo mostrou a Neteyam que todos os anteriores dados por Aonung foram leves, calmos, que aquele beijo era como ter dado a chave para um criminoso e agora ele estava abrindo sua cela.

Os dois garotos, esbaforidos e com os lábios inchados, ao perceberem estarem com muito menos roupa do que no início daquela conversa, se encaminham até a cama estreita de Neteyam. O Sully se senta no colchão fofo e levanta os olhos, procurando pelo rosto de Aonung, porém o Awa'atlu não imita a mesma ação de sentar-se na cama. No seu lugar, Aonung senta ao chão, logo na frente dos joelhos de Neteyam, com as pupilas tão dilatadas que pouco do azul de seus olhos eram vistos agora.

Aquele olhar de devoção total e absoluta era todo e somente para Neteyam e como se aqueles olhos fossem demais para serem vistos, o mestiço fecha os olhos e morde a boca, sentindo todos os seus dedos se contorcerem quando os intrusos de Aonung começam a traçar um caminho carinhoso até seu quadril.

𝐀 𝐍𝐄𝐖 𝐇𝐎𝐌𝐄 | avatarWhere stories live. Discover now