44. Conciliantion Hearing

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O dia da Audição de Conciliação havia chego num piscar de olhos e Neteyam não podia estar mais nervoso. Marcada para iniciar-se às dez da manhã, Jake e Neytiri, junto dos filhos, se encaminharam ao local com uma antecedência ansiosa.

Uma estátua de bronze e ouro recepcionava os advogados e os civis logo a frente da antiga grande placa onde podia-se ler Corte Kokua do Estado do Hawaii. Pendurados logo ao lago do grande logo do prédio jurídico, dava para se ver as bandeiras dos Estados Unidos e a bandeira similar, azul, branca e vermelha do Hawaii.

Porém, o que deixou Neteyam ainda mais nervoso com toda a situação, não fora a construção monumental e de respeito que era aquela corte, tão pouco a estátua imensa logo a frente das portas de entrada, mas sim o mar de jornalistas e pessoas desconhecidas segurando cartazes em apoio - e até mesmo contra - seu caso. Ainda dentro do carro, moveu as mãos de forma ansiosa e preocupada. Neteyam prendeu a respiração e mordeu o interior das bochechas.

Havia tanta gente do lado de fora da Corte Kokua que aquilo sem dúvidas era ridiculamente assustador.

Lo'ak, sentado ao seu lado no carro, foi rápido em segurar a mão trêmula do irmão e a apertar entre seus dedos finos. Chamando atenção de Neteyam, Lo'ak sorri tentando passar conforto ao mais velho e com as mãos presas na mão do mais novo, os Sully desceram do carro, enfrentando o mar avassalador de flashes e perguntas deselegantes feitas por jornalistas irritantes.

— Como está se sentindo? — um perguntou, enfiando o microfone perto do nariz de Neteyam, que só se encolheu com o cenho franzido — Caso ganhe o processo, o que vai fazer com o dinheiro? — outro jornalista questionou, levando um celular para perto de Jake, esperando por uma resposta — Dizem que vocês estão sendo exagerados ao processar a outra família por uma briga de escola, o que a senhora acha dessa afirmação?

Quando um jornalista gordinho enfiou um gravador perto da boca de Neytiri, perguntando sobre estarem exagerando perante a agressão, os olhos da mulher se encheram de um vermelho vivo e transtornado. Exagerados? Exagerados! Neteyam havia sido espancado na noite de Ano Novo e estavam sendo exagerados?

— Olha aqui! — Neytiri para de andar, os dentes rangendo em irritação, porém sentindo a mão de Jake em seu ombro e os olhos preocupados dos seus filhos sobre si, Neytiri se cala, dilatando as narinas e enrolando sua mão livre na mão de Neteyam, marchando com sua família até a entrada da corte, cortando o mar de gente ao seu redor.

Assim que as portas da corte se abriram, apenas os Sully foram permitidos a entrar pelos guardas e passando pelas máquinas de detector de metal e pelas muitas portas que separavam o mundo exterior daquele palacete jurídico, Neteyam reconheceu facilmente, parados no corredor principal, os advogados que o defenderiam naquela manhã.

— Sully — o advogado principal fala, abrindo um sorriso confiante. Alto e magricelo, com pele clara e cabelos escuros penteados para trás com gel e classe, o advogado Norm Spellman era um dos melhores advogados da vara cível de todos os Estados Unidos — Como estão?

— Estamos só um pouco nervosos, doutor — Jake diz com respeito ao profissional e virando o rosto em direção a Neteyam, suspira. O garoto estava quase branco de tão pálido, ainda segurando nas mãos de Lo'ak e de sua mãe como se estivesse de pé só com a força dos dedos deles. Virando nos calcanhares, Jake colocou a mão no ombro do primogênito e inclinou a cabeça um pouco para frente, deixando seus olhos castanhos serem a única coisa que Neteyam conseguia ver agora — Vai ficar tudo bem, filho. Nós vamos conseguir passar por isso e depois de hoje vamos só continuar a viver nossas vidas como sempre. Aprendemos com o passado e ansiamos pelo futuro, Neteyam.

𝐀 𝐍𝐄𝐖 𝐇𝐎𝐌𝐄 | avatarOnde histórias criam vida. Descubra agora