Capítulo 8♠️

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Ao acordar naquela manhã, Rune se viu mexendo no laço, cutucando aquele fio a espera de uma resposta para saber se ela estava viva.

Ele resmungou, não estava gostando de ter que se preocupar com ela.

Mas já havia se passado uma semana e ele não tinha notícias, os ataques haviam incrivelmente cessado, o que é motivo para desconfiar, o que aquela mulher estava tramando?

— Mundo chamando o general.

Rune balançou a cabeça e olhou para Flynn.

— Retorne ao nosso mundo. -ele disse.

— Desculpe. -Rune suspira bagunçando seus cabelos.

— Você está estranho demais. —Harvey o olha enigmático— quer nos contar o que está havendo?

Rune negou.

— Se estiver me traindo eu te mato. -disse Flynn jogando um cabelo imaginário para trás.

— Não creio que uma mulher seja a causa disso. -Harvey nega.

Mas era exatamente isso, Rune pensou.

— O que você tem? -os dois perguntam.

— Nada. -Rune lustra a sua espada e escudo.

Os dois guerreiros se entreolham.

— E a sua asa? -Harvey afia a sua lâmina.

Rune bateu as duas e uma brisa forte soprou os cabelos dos dois heróis.

— Está nova em folha. -responde.

— Estamos tendo um tempo de trégua. -disse Harvey.

— A trégua da água começou. -Flynn disse.

Rune se alerta, é claro, a trégua da água, onde os inimigos faziam uma trégua em suas armadas e guerras, em ataques, a trégua da água dura uma estação até o inverno, até lá ninguém poderia atacar ou matar, é uma regra sagrada.

— Verdade. —Harvey acerta um tapa na testa— tinha esquecido.

— Eu também. -Rune concorda.

— Sem brigas, guerras ou matanças até o inverno, meus amigos, essa é uma estação de paz.

Rune olha para o campo aberto de treinos e os pinheiros que os cercavam, tempo de paz, até o inverno sombrio bater em nossa porta.

O guerreiro sentiu um aperto repentino no peito, então, o laço tremeu bruscamente.

Ele levou a mão ao peito quase indo ao chão com aquela sensação, uma sensação ruim que se transformou em angústia.

— Rune? O que foi? -Flynn questiona.

Havia alguma coisa errada.

Havia alguma coisa errada com a vilã.

Ele se ergueu do banco enfiando a espada na bainha e o escudo sumiu com a mágica pavo e se tornou seu bracelete.

— Aonde vai?? -Harvey encara o amigo que parece estar aflito.

— Não sei. -ele ofega.

Suas asas se abriram e antes que os amigos pudessem gritar por ele ele se lançou ao céu com poder.

O vento o embalou e a rapidez que ele voava era como a de um raio atingindo uma árvore, nas guerras, era chamado de sombra alada.

Ele sentia ser guiado em uma direção pela sensação em seu peito, e ele sentia que não era muito longe daqui. A sensação o levava para além da floresta, no coração proíbido.

Entre Heróis E Vilões Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang