Capítulo 14 ♠️

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E chegou a noite, o guerreiro estava tenso e sem saber o que fazer, na verdade ele sabia, ele iria dormir no sofá.

A luz da lua atravessava a janela e pelo céu ele previu que pela madrugada iria chover.

Ele está sentado no sofá do quarto, observando a cama onde a mulher está deitada vestindo outra de suas camisas.

Ela fita o teto entediada.

— Você não vai dormir? -ela perguntou depois de um longo tempo.

Ele pisca.

— Vou dormir no sofá. -sua voz rouca ecoou.

— Com uma cama gigante dessas? —ela ergue a cabeça e o olha embasbacada— não é tão perigoso assim dormir comigo.

Ele rosna.

— Não tenho medo de você. -ele deixa claro.

Ela sorriu.

— Então venha... —ela ronrona— eu não mordo, Rune, a não ser que você me peça.

Ele fechou a cara e ela riu baixinho, mas então ele levantou do sofá, caminhando até a grande cama.

A mulher teve a visão daquela muralha de músculos, sem camisa, apenas uma calça de dormir, suas grandes asas levemente abertas.

Ela admirou a vista por alguns segundos até o colchão afundar com o peso do herói.

— Apenas dormir. -ele deixou claro.

— Claro que sim. -ela riu lentamente caindo nos lençóis de novo.

A cama era gigante o bastante para acomodar as asas do guerreiro.

Rysandra observou aquelas belas asas e levou uma mão até ali.

— Eu não faria isso se fosse você. -a voz do guerreiro soou.

Sua mão parou no ar.

— Por que? -ela pergunta com inocência.

— Você deve saber muito bem. -ele fala.

— Que os pavo real matam quem toca nas suas asas porque é uma falta de respeito e blá blá blá. -ela disse.

Silêncio.

Ela já havia lido uma vez que as asas dos machos pavo real são muito sensíveis ao toque das mãos, pois o toque causa um calafrio ao mesmo tempo que uma sensação de prazer no macho, e aquilo de tocar as asas era quase a mesma coisa de estar cometendo um ato sexual, pois o macho explodiria de prazer.

Entraria em combustão.

Extrema curiosidade tomou a mulher e ela queria comprovar se isso aconteceria mesmo, mas tocá-las sem o guerreiro cortar suas mãos fora era um desafio e tanto.

Ela deixou sua mão cair devagar, então, roçou um dedo.

O macho se impertigou e virou o rosto na direção dela, ela o encara como quem foi pega no flagra.

— Quero testar uma coisa. -ela disse.

— O que pensa que...

Ela com um movimento cuidadoso ficou por cima dele e ele arregalou os olhos, um joelho de cada lado do corpo dele.

— Desça. -ele disse.

Mas algo nele vibrou.

— E por que eu te obedeceria? -ela faz um singelo movimento com os quadris em cima dele.

Ele xingou, sentindo o corpo esquentar.

— O que pretende com isso?? -ele pergunta.

Ela apoia as mãos no peito dele e então se inclina até o seu ouvido como se fosse lhe contar um segredo.

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