E chegou a noite, o guerreiro estava tenso e sem saber o que fazer, na verdade ele sabia, ele iria dormir no sofá.
A luz da lua atravessava a janela e pelo céu ele previu que pela madrugada iria chover.
Ele está sentado no sofá do quarto, observando a cama onde a mulher está deitada vestindo outra de suas camisas.
Ela fita o teto entediada.
— Você não vai dormir? -ela perguntou depois de um longo tempo.
Ele pisca.
— Vou dormir no sofá. -sua voz rouca ecoou.
— Com uma cama gigante dessas? —ela ergue a cabeça e o olha embasbacada— não é tão perigoso assim dormir comigo.
Ele rosna.
— Não tenho medo de você. -ele deixa claro.
Ela sorriu.
— Então venha... —ela ronrona— eu não mordo, Rune, a não ser que você me peça.
Ele fechou a cara e ela riu baixinho, mas então ele levantou do sofá, caminhando até a grande cama.
A mulher teve a visão daquela muralha de músculos, sem camisa, apenas uma calça de dormir, suas grandes asas levemente abertas.
Ela admirou a vista por alguns segundos até o colchão afundar com o peso do herói.
— Apenas dormir. -ele deixou claro.
— Claro que sim. -ela riu lentamente caindo nos lençóis de novo.
A cama era gigante o bastante para acomodar as asas do guerreiro.
Rysandra observou aquelas belas asas e levou uma mão até ali.
— Eu não faria isso se fosse você. -a voz do guerreiro soou.
Sua mão parou no ar.
— Por que? -ela pergunta com inocência.
— Você deve saber muito bem. -ele fala.
— Que os pavo real matam quem toca nas suas asas porque é uma falta de respeito e blá blá blá. -ela disse.
Silêncio.
Ela já havia lido uma vez que as asas dos machos pavo real são muito sensíveis ao toque das mãos, pois o toque causa um calafrio ao mesmo tempo que uma sensação de prazer no macho, e aquilo de tocar as asas era quase a mesma coisa de estar cometendo um ato sexual, pois o macho explodiria de prazer.
Entraria em combustão.
Extrema curiosidade tomou a mulher e ela queria comprovar se isso aconteceria mesmo, mas tocá-las sem o guerreiro cortar suas mãos fora era um desafio e tanto.
Ela deixou sua mão cair devagar, então, roçou um dedo.
O macho se impertigou e virou o rosto na direção dela, ela o encara como quem foi pega no flagra.
— Quero testar uma coisa. -ela disse.
— O que pensa que...
Ela com um movimento cuidadoso ficou por cima dele e ele arregalou os olhos, um joelho de cada lado do corpo dele.
— Desça. -ele disse.
Mas algo nele vibrou.
— E por que eu te obedeceria? -ela faz um singelo movimento com os quadris em cima dele.
Ele xingou, sentindo o corpo esquentar.
— O que pretende com isso?? -ele pergunta.
Ela apoia as mãos no peito dele e então se inclina até o seu ouvido como se fosse lhe contar um segredo.
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Entre Heróis E Vilões
FantasyEm um mundo de heróis e vilões, Rune, um poderoso general dos exércitos do rei de sua província tenta eliminar a ameaça de uma vilã implacável, mas o percurso muda ao descobrir o que o liga a aquela mulher, e então ele passa a lutar contra o dever d...