Rune nunca fora muito bom com pessoas, claro, ele tinha os seus amigos, Harvey e Flynn são seus irmãos de batalha, mas ele nunca precisou lidar com algum desconhecido e tentar socializar, eles que faziam isso com ele.
Está certo de que a vilã não era uma total desconhecida, já tentou matá-la, ela já tentou matar ele, ela salvou ele e infelizmente ele salvou ela, isso já deveria ser alguma coisa, certo? Se conheciam por ódio, é o bastante.
Mas uma pergunta batucava em sua cabeça enquanto ele estava diante do fogão. É?
Rune balançou a cabeça e continuou o que estava fazendo, o guerreiro gostava de cozinhar e na sua opinião como única pessoa que já provou sua comida era excelente.
Pelo menos ele se dizia isso.
Para ativar a cura da vilã ele teria que usar o que ele usaria se ele estivesse naquele estado, as ervas que poderiam ativar ele já havia acrescentado naquele ensopado, o cheiro estava ótimo e emanava por toda a casa, só lhe faltava saber se a vilã comeria algo preparado por ele ou se jogaria o prato em sua cara.
Ele então percebe que com aquilo ele estaria a aceitando, a alimentar era um meio de aceitação de laço de parceria, e em todos os dias em que ela o alimentou quando ele estava no seu tribunal... Ela já havia aceitado há muito tempo.
Ele ouviu um fungar de nariz e então olha de relance para trás, a cabeça da mulher apareceu na porta enquanto ela observava o guerreiro.
Ele se manteve em silêncio, fingindo que não a viu, devagar ela mancou até ele quase de forma inaudível, ela ficou na ponta de um pé da perna boa e olhou por cima do ombro do general.
— O que está fazendo aí? -ela pergunta.
Silêncio.— Ensopado.
Outro fungar, ela estava sentindo o cheiro.
— Pôs veneno aí? -ela pergunta.
— Talvez. -ele responde.
Ela fez careta e ele esboçou um cruel sorriso de lado.
— Então eu tomo. -ela disse.
Ele a olha e ela está plena demais com o seu relato.
Ele percebe que ela está usando uma camisa sua que é praticamente um vestido em seu corpo, até o meio de suas coxas.
Ele ia soltar um comentário de quem havia deixado ela pegar aquilo mas então se calou, isso poderia fazer ela tirar a camisa e estranhamente ela vestida em algo seu lhe acendeu uma pitada de orgulho, que logo foi apagada por seu bom senso.
Ele olha para baixo em direção a sua coxa e a mulher bufou uma mecha preta acinzentada da frente do rosto.
— Ainda está dolorido, e latejando por dentro. —ela disse— devia haver algum tipo de veneno de impotência na lâmina daquele filho da puta.
Ela o encara inocentemente.
— Perdão, sei que seus homens são como os seus filhos. —ela bate os cílios— não foi minha intenção o chamar de puta indiretamente.
"Foi sim". Ele pensou.
Ela manca até a mesa e seu poder arrastou uma cadeira onde ela se sentou.
— Que casinha pitoresca de clima robusto você tem, parceiro. -ela disse.
Ele a encara feio e ela sorriu.— Bonitinha e arrumada, pensei que fosse bagunceiro. —ela olha em volta— estou decepcionada.
— Estamos quites, achei que sua casa era uma caverna. -ele murmura.
Ela pisca e então gargalha, sua risada caminhando pela cozinha.
— Antigamente sim.
Ela inclina um pouco seu corpo para trás e observa o herói dos pés a cabeça, desde às belas asas ao escultural corpo.
Os músculos definidos se tencionando a cada vez que ele mexia aquela ensopado na panela.Ela morde o lábio inferior.
Rune parou o movimento com a colher na panela e olhou de rabo de olho para trás, um cheiro quente e peculiar se aproximando de suas narinas como se o seduzisse.
Um cheiro picante. Algo em seu interior sacudiu e vibrou com aquele cheiro, algo primitivo em seu ser gostou daquilo.
Ele pisca algumas vezes e de relance novamente olha para a mulher, aquele cheiro que hipntizava vinha dela, ele fungou ligeiramente baixo, aquilo é cheiro de excitação, a mulher estava excitada.
Ele balança a cabeça afastando aquelas sensações mesmo que difícil.
Mas era difícil com a fonte daquilo bem atrás de si.Ele voltou a mexer o ensopado e Rysandra inclinou a cabeça.
— Vou julgar bastante. -ela disse quando ele colocou um prato de sopa na frente dela.
Ele não respondeu e ela observou o prato fumegante diante de si.
— Sabe o que quer dizer me oferecer comida, não sabe? -ela pergunta.
Ele a olhou.
— Não tenho escolha.
— Você tem. —ela empurra o prato gentilmente para longe— se não quiser eu simplesmente posso fazer algo para mim e nada será aceito.
— Está me dando direito de escolha?
— Não é o que todos merecemos? —ela devolve a pergunta— a escolha? Estou dando o certo.
Ele pisca lentamente.
— Sei que não escolheu o laço mas pode escolher não aceitá-lo. -ela disse.
E naquele momento ele se questionou se ela era má de verdade ou se apenas fingia.
— Você não quer o laço, eu não o julgo. -ela disse.
— Eu quero que você coma. -ele empurra o prato para ela.
Ela olha para ele como se para ter certeza de que ele queria mesmo fazer aquilo.
— Não vai ter volta depois disso. -ela avisou.
— Coma, Rysandra.
Ela pisca surpresa, era a primeira vez que ele a chamava pelo nome e não de vilã.
Ela ergueu uma colher de sopa fumegante com um cheiro excelente, e então a levou a boca.
*Até o próximo capítulo, deixem seu comentário e seu voto pfvr ❤️*.
CITEȘTI
Entre Heróis E Vilões
FantezieEm um mundo de heróis e vilões, Rune, um poderoso general dos exércitos do rei de sua província tenta eliminar a ameaça de uma vilã implacável, mas o percurso muda ao descobrir o que o liga a aquela mulher, e então ele passa a lutar contra o dever d...