Capítulo 13♠️

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Rune caminhou com a pequena criança até a porta, onde do outro lado a sua mãe a esperava.

A pequena se virou nos ombros do guerreiro e fitou a figura da vilã recostada na parede de braços cruzados a observando ir embora.

A criança lhe ofereceu um sorriso largo e banguela e depois de séculos a vilã deu um sorriso ladíneo fechado com uma breve sinceridade.

A criança acenou com a pequena mão.

— Adeus, pequeno demônio. -disse Rysandra.

— Ry-Ry. -a criança balbucia.

A mulher piscou surpresa e a bebê sorriu antes de sumir com o tio.

Ao retornar alguns minutos depois sem ela ele se deparou com a mulher pensativa.

— Ouviu o que ela disse? -ela pergunta.

— O que ela disse? -ele fingiu não saber, mas havia ouvido bem.

— Me chamou de Ry-Ry, quase o meu nome. -fala.

— Ela é bem esperta. -ele disse.
— De fato. —ela se endireitou— Uhum.

Um silêncio tenso pairou no ar.

— Vou tomar banho. -o guerreiro disse afim de fugir daquilo.

— Tudo bem. -ela balança a cabeça.

Ele caminha em direção ao banheiro e ao se despir afundou nas águas mornas da banheira que o esperava.

Ele passou meia hora ali de molho, observando um ponto da parede do banheiro enquanto pensava.

Rysandra não era tão ruim de se conviver, apenas deveria ter paciência, pois a mulher era como um felino selvagem, imprevisível, e para piorar era de lua. Uma hora estava bem e conversando com ele, e na outra ela o odiava novamente e era insuportável.

Ele balança a cabeça molhando os cabelos.

Ele olha em volta então nota o shampoo do outro lado do banheiro.

— Merda. -ele murmura.

Ele se ergue um pouco na água mas quando vê o reflexo de alguém pelo espelho ele retorna aonde estava com rapidez.

— O que está fazendo? -ele pergunta.

— Você deixou a porta aberta, anta. -ela disse.

Ele bufa.

— Veio me xingar?

— Não.

— E então? -ele pergunta afim de que ela saísse logo dali.

Ela olha para ele e para a gigante banheira que cabia ele e as grandes asas.

— Como faz para as limpar perfeitamente? Cada pena. -ela perguntou.

Ele pisca, ela estava realmente perguntando como ele lavava as suas asas?

— As minhas são conjuradas. —ela se recosta no portal da porta— não preciso ir ao banho com elas.

— Não precisam de muito para serem limpas, às vezes só a água limpa basta. -ele disse.

— E para secar?

— Vento.

— Ah.. -ela fecha a boca.

Ela olha para o frasco de shampoo em uma prateleira de pedra de mármore e se desencosta do portal, indo até ele.

O guerreiro observa ela entrar no banheiro e pegar o frasco.

— Que lindo, ele usa de lavanda. -ela disse.

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