Rune caminhou com a pequena criança até a porta, onde do outro lado a sua mãe a esperava.
A pequena se virou nos ombros do guerreiro e fitou a figura da vilã recostada na parede de braços cruzados a observando ir embora.
A criança lhe ofereceu um sorriso largo e banguela e depois de séculos a vilã deu um sorriso ladíneo fechado com uma breve sinceridade.
A criança acenou com a pequena mão.
— Adeus, pequeno demônio. -disse Rysandra.
— Ry-Ry. -a criança balbucia.
A mulher piscou surpresa e a bebê sorriu antes de sumir com o tio.
Ao retornar alguns minutos depois sem ela ele se deparou com a mulher pensativa.
— Ouviu o que ela disse? -ela pergunta.
— O que ela disse? -ele fingiu não saber, mas havia ouvido bem.
— Me chamou de Ry-Ry, quase o meu nome. -fala.
— Ela é bem esperta. -ele disse.
— De fato. —ela se endireitou— Uhum.Um silêncio tenso pairou no ar.
— Vou tomar banho. -o guerreiro disse afim de fugir daquilo.
— Tudo bem. -ela balança a cabeça.
Ele caminha em direção ao banheiro e ao se despir afundou nas águas mornas da banheira que o esperava.
Ele passou meia hora ali de molho, observando um ponto da parede do banheiro enquanto pensava.
Rysandra não era tão ruim de se conviver, apenas deveria ter paciência, pois a mulher era como um felino selvagem, imprevisível, e para piorar era de lua. Uma hora estava bem e conversando com ele, e na outra ela o odiava novamente e era insuportável.
Ele balança a cabeça molhando os cabelos.
Ele olha em volta então nota o shampoo do outro lado do banheiro.
— Merda. -ele murmura.
Ele se ergue um pouco na água mas quando vê o reflexo de alguém pelo espelho ele retorna aonde estava com rapidez.
— O que está fazendo? -ele pergunta.
— Você deixou a porta aberta, anta. -ela disse.
Ele bufa.
— Veio me xingar?
— Não.
— E então? -ele pergunta afim de que ela saísse logo dali.
Ela olha para ele e para a gigante banheira que cabia ele e as grandes asas.
— Como faz para as limpar perfeitamente? Cada pena. -ela perguntou.
Ele pisca, ela estava realmente perguntando como ele lavava as suas asas?
— As minhas são conjuradas. —ela se recosta no portal da porta— não preciso ir ao banho com elas.
— Não precisam de muito para serem limpas, às vezes só a água limpa basta. -ele disse.
— E para secar?
— Vento.
— Ah.. -ela fecha a boca.
Ela olha para o frasco de shampoo em uma prateleira de pedra de mármore e se desencosta do portal, indo até ele.
O guerreiro observa ela entrar no banheiro e pegar o frasco.
— Que lindo, ele usa de lavanda. -ela disse.
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Entre Heróis E Vilões
FantasyEm um mundo de heróis e vilões, Rune, um poderoso general dos exércitos do rei de sua província tenta eliminar a ameaça de uma vilã implacável, mas o percurso muda ao descobrir o que o liga a aquela mulher, e então ele passa a lutar contra o dever d...