Capítulo 20♠️

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Rysandra bufou olhando para o cavaleiro de cabelos azuis.

— Kanandrê, a coisa é mais séria do que pensávamos. -ela disse.

— Eu tenho ideia. -o jovem cavaleiro assente.

— Ele está forjando armas com aquilo, eu vi com os meus próprios olhos quando me desloquei clandestina pela dobra de sombras. —ela bateu com os punhos na mesa— são armas de canos que disparam energia, é diferente de tudo o que já vi.

O cavaleiro estremece.

— Eles fizeram armas de fogo? -ele estremeceu.

— Alguma coisa que você tenha visto nas suas viagens temporais? -ela pergunta.

Ele assente pálido.

— Eu vi eles testarem em dois guerreiros, um tiro daquilo mata no mesmo instante. —Rysandra bagunça os fartos cabelos— o que farão com várias delas em uma guerra? Perderemos muitos dos nossos.

— Temos dragões, Rysandra, são poderosos. -ele disse.

— Eles também tem um. -ela rebate.

— O dente de ferro sozinho não pode contra dois. —Kanadrê afirmou— temos Safira e Fantasma, eles são os maiores dragões que essa província verá.

A vilã balança a cabeça ainda incerta.

— Temos você. —o Cavaleiro reforça— você é a mais poderosa deste mundo, por deuses, você pode gerar um tufão poderoso.

— Eu tenho um plano para conseguir desfocar o rei Tesarion.

— Que seria? -ele ergue a sobrancelha.

— Ele está armando para me pegar, mas não sabe que o general dele está do meu lado. —ela disse— vou deixar que me capturem.

— Como??! -ele exclama.

Asmodeus que estava quieto até aquele momento se manifestou.

— Está louca? Rysandra, irão matar você. -ele disse.

— Não se eu o fizer primeiro. —raios ronronam em suas mãos— vou libertar todos e destruir o castelo de dentro para fora com uma tempestade.

— Se não pode atacar de fora, vai atacar de dentro. -Asmodeus murmura.

— É inteligente mas é arriscado. -Kanandrê disse.

— Quando o primeiro raio brilhar nas nuvens e o trovão rugir no céu, vocês irão marchar. —ela bate o punho na mesa e um relâmpago rugiu lá fora— farei o máximo que puder para deslocar eles para um lugar seguro, vou tentar destruir os cristais. Então me juntarei a vocês.

— Como pode ter certeza de que o rei não a matará antes? -Asmodeus pergunta.

— Ele não vai matar uma inimiga de séculos assim, ele vai querer me humilhar e me ferir até o talo, vai querer fazer isso na frente do povo, e depois da guerra ele vai querer me matar diante de todos como prêmio.

— Como sabe?

— Li os pensamentos dele na última guerra. —ela disse— não sabem como a mente dele é imunda.

— Eu posso imaginar. -Kanandrê rosna.

— Eu aprendi a manipulação do ar conforme os anos. —ela ergueu a mão e uma ventania invadiu a sala— o que posso fazer com isso e com o fogo, a água, pode matar muitos.

Ela fez um pequeno furacão em seu dedo.

— Posso tirar o ar dos pulmões de alguém sem esforço e ferver seu sangue. —seus olhos ficam sombrios— metade de um exército está perdido com isso.

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