prólogo

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prólogo.

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laura.

acostumada com a literatura cristã jamais imaginei presenciar uma cena como aquela diante dos meus olhos.

escrevi minha história com o daniel, foi campeã de vendas durante muito tempo, me deu o sucesso no ramo editorial que eu tanto pedia a deus para no final terminarmos assim.

"daniel, o que é isso?"..

não sabia ao certo quem era aquela mulher, mas não importava, tudo que eu queria era sumir dali.

"não vou nem te dar explicação porque não vale a pena laura, só quero dizer que você tem dois dias para sair daqui, afinal de contas essa casa é minha".

eu me sentia arrasada como mulher, tudo que queria era ter algum lugar onde me refugiar.

"você, vocês dois, vocês dois acabaram com a minha vida!". eu não tinha mais dignidade.

outra mulher no meu lugar sairia dali sem derramar uma lágrima, mas eu desabei.

"me desculpa moça, eu não sabia que ele era casado".

a menina aparentava ter por volta dos 17 anos, ignorei completamente a aparência assustada da mesma, lhe dando um tapa no rosto.

senti meu corpo ser arremessado contra a parede, minhas costas foram de encontro a cômoda do quarto.

"pega as suas coisas e sai daqui agora, é melhor parar com o drama".

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"terra chamando laura". "ô querida, você está lembrando dele de novo?". fui despertada pela voz de emily.

"deus foi injusto comigo emily, me deu um marido sabendo que ele me trairia".

a figura de 1,55 m de altura cabelos pretos cacheados e olhos azuis estava ao meu lado na parada de ônibus, enquanto aguardávamos a condução em busca de emprego.

"você tinha acabado de ficar órfão laura, estava frágil e casou com o primeiro que te confortou no luto e eu não te julgo por isso". "não coloque na conta de deus os seus equívocos, não foi culpa dele".

meus olhos castanhos a encararam, não podia cometer a ousadia de enfrentá-la, ela me colocava no meu lugar e no fundo eu sabia que estava errada em meus conceitos.

"eu discordo, mas não vou discutir com você por causa disso, não vale a pena". eu era muito orgulhosa.

"meu deus como eu sou lerda!". "já ia me esquecendo!". levantou-se do banco em um sobressalto, acenando para um táxi que passava pela redondeza.

"o que você está fazendo sua doida?".

emily era a irmã mais velha que não tinha meu sangue.

aceitou largar tudo no rio de janeiro, incluindo o emprego e a casa que construiu com tanto sacrifício e mudasse comigo para são paulo, alegando que desmiolada como era, acabaria me matando sozinha.

"você tem uma entrevista de emprego daqui a meia hora na mansão da família greco, aqueles italianos ricos e esquisitos".

"o que é?". "como eu tenho uma entrevista de emprego, sendo que nunca falei com nenhum deles?".

"desde que se separou você ficou um pouco lerda, seus problemas acabam atrasando um pouco a sua vida e como eu sou um ser humano bem mais evoluído do que você peguei seu e-mail e loguei no meu celular fiz todo o processo e você nem percebeu".

desde que me divorciei, comecei a frequentar festas e realmente eu estava deixando essa vida festeira atrapalhar meu desempenho profissional.

"a, emily!". "onde eu estaria agora se não fosse você?.

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