capítulo 1

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capítulo 1.

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"um deles fez o quê?". emily quase se engasgou com o jantar.

"o único daqueles filhos que dá para confiar é o mais novo, e eu confesso que estou curiosíssima para investigar mas não é mais o meu ramo".

"você não precisa criar um livro sobre a situação, mas a gente pode pesquisar para saber o que aconteceu com essa família há anos atrás".

o olhar curioso de emily me levou a crer que se eu não estivesse disposta a investigar aquela família ela mesma faria isso por conta própria.

"tá bom mulher, vamos investigar mas eu não quero que você se anime porque eu não vou escrever e muito menos voltar ao mundo da literatura". "eu vou procurar uma festa para ir hoje, preciso espairecer um pouco mas garanto que estarei acordada e disposta para o trabalho amanhã".

"tá bom flor, espero que você esteja disposta mesmo amanhã porque seus patrões agora são gente séria".

"o emily, você é tão protetora, mãezona com todo mundo". "porque nunca se casou?".

emily sempre foi uma mulher sozinha, desde que conheci.

mudou-se para perto da casa dos meus pais aos meus 15 anos, completamente sozinha.

"a vida de uma mulher órfão, sem ninguém na família, acabou que nem um homem me quis e eu também não sou muito amável para isso".

emily precisou lutar desde cedo sozinha, não podia negar minha gratidão a deus por sempre ter tido meus pais na minha vida.

"você nunca questionou a deus por não ter tido marido?".

"eu não tenho motivos para questionar a ele querida, ele me deu o que eu preciso, me deu até você como brinde, essa mocinha cabeça dura que já me dá trabalho por uma filha".

"bem que deus podia te mandar alguém, você aceitaria se ele fizesse isso?".

suas palavras foram como um tapa em minha cara.

eu havia me afastado de deus por uma traição, e ela permanecia firme mesmo com a ausência de uma família.

"eu até aceitaria amore, mas acho difícil que isso aconteça, quase impossível". "eu nunca fui uma pessoa muito meiga, sempre fui maluca em excesso nenhum homem vai me querer assim".

um pensamento imbecil passou em minha mente.

era errado fazer uma fanfic entre ela e o andré, um dos meus patrões?.

(esquece laura, o homem pode ter matado a própria mãe). fiz uma auto repreensão.

"a, emily". "sempre tem um chinelo velho para um pé descalço". ela jogou os dois pratos na pia, me encarando como se tivesse acabado de proferir uma maldição contra ela.

"você vai ver o pé descalço indo de encontro ao seu lindo corpo com um chute se não sair da minha frente agora!".

me retirei da casa rindo, entrando no primeiro bar que avistei.

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depois de uma quantidade inestimável de bebidas, um alvoroço se iniciou no estabelecimento.

um rapaz deu em cima da esposa de um criminoso, que não pensou duas vezes antes de puxar a arma da cintura e iniciar um tiroteio com o outro rapaz.

me retirei do bar o mais rápido que consegui, cambaleando pela rua.

no que eu tinha me transformado?.

sentei-me no banco de uma praça, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.

meus livros vieram em minha memória, o amor que eu tinha por deus.

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