capítulo 6

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capítulo 6.

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giovani.

o relatório que emily me mandou me fez compreender o significado da palavra horror.

andré tinha razão, essa família está repleta de cobras!.

como pode duas pessoas serem capazes de planejar uma morte como quem planeja uma viagem?.

eu me lembrava de andreus, era um homem bom e apesar de ser um tanto rígido com as outras pessoas tratava a vitória como uma princesa.

eu estava prestes a completar seis anos na ocasião da morte de meu cunhado, minha mãe decidiu fazer uma viagem comigo e com o andré para tentar animá-lo, não estava nada bem na época.

assim que retornamos, minha irmã alegou que o marido havia morrido de tuberculose.

se minha mãe soubesse os monstros que tinha como filha e marido, morreria de desgosto.

como eu poderia simplesmente entrar dentro daquela sala de jantar e almoçar com todos eles como se nada tivesse acontecendo?.

"eu acabei de ler, sinto muito pelo pai e irmã que você tem". sensibilizada, laura aproximou-se.

"meu irmão tem razão em beber tanto laura, é a maneira que ele encontrou de aguentar esse verdadeiro inferno de família que temos". "como podem existir pessoas tão cruéis assim?".

"infelizmente você vai ter que fazer como ele, tentar continuar vivendo aqui até descobrirmos quem matou sua mãe". "e é bom não falarmos desse assunto aqui, alguém pode ouvir então recomponha-se e vá comer".

mesmo contrariado, precisei admitir que ela estava coberta de razão, reunindo-me com minha família.

"e a filial da greco viagens em beirute?". "como está indo o projeto, andré?". ricardo deu início ao assunto.

"um de nós precisa viajar para beirute para resolver isso, alguém tem que ficar lá até a construção da sede". "e como você é o filhinho preferido do papai você vai, estou cheio de coisas para fazer aqui e não tenho tempo para ver isso". a relação de andré e ricardo era bastante conturbada.

"pai, por favor!". ricardo buscou refúgio em nosso pai, que por sua vez parecia orgulhoso de andré por tomar as rédeas da empresa e determinar o que o irmão deveria fazer.

"obedeça seu irmão, ricardo". "você é meu braço direito, é meu representante dentro daquela empresa mas o chefe de tudo isso é e sempre será o andré, por mais inútil que seja em alguns momentos". "se ele mandou, obedeça". meu pai era obcecado pelo primogênito, talvez tenha colocado em andré todas as suas expectativas.

e como não foi obedecido por ele, resolveu matar sua família mas ainda demonstrava o mesmo amor doentio.

"anime-se, meu irmão". "passar umas férias no líbano, na cultura árabe é muito bom, você não vai fazer nada além de supervisionar a obra da nova filial". vitória disse com um sorriso irônico no rosto.

"vai que você se arranja por lá, vai que se casa com uma árabe". foi a vez de marcos.

"quem está mais necessitado por um casamento aqui é o andré, já passou da idade de formar uma família de novo".

"eu já passei da idade ricardo de permitir que os outros cuidem da minha vida, cuide da sua que já tá de bom tamanho, me deixa em paz". meu irmão mais velho determinou, mantendo a postura firme e imponente.

"ele deve ter trauma de ficar viúvo de novo, sei lá vai que ele casa e a mulher morre do nada também". marcos ironizou.

"quer fazer o favor de calar a boca e deixar meu irmão em paz por favor?". encarei meu cunhado.

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