Capítulo 19

22 4 3
                                    

Capítulo 19.

()

andré.

"eu entendi direito?". "você está grávida?". ricardo expõe sua surpresa.

"você não se cuidava para evitar uma gravidez?". foi a vez de suzana.

"eu me cuidava, mas alguns acidentes bons podem acontecer também né?". "é claro que eu não estava preparada para isso, já estou com 43 anos, não tenho mais idade mas a criancinha veio".

"eu nem sei o que dizer para você vitória, só desejo felicidades e meus parabéns para você e para o marcos, o imbecil não merece mas vai ser pai agora, vamos ver se para de agir como uma criança e muda o comportamento". não me controlo e deixo as palavras escaparem.

ao notar o quão infeliz foi o comentário, decido retratar-me mas ele me interrompe.

"tá com inveja é andré?". "olha, seus filhos teriam um priminho". respiro profundamente, ciente de que eu provoquei a Situação, desagradabilíssima por sinal.

é difícil né?". "será que é difícil a gente conseguir comer em um almoço simples sem partir para briga?". giovani interroga sem paciência.

"dessa vez não fui eu que comecei, só para vocês não ficarem dizendo que eu sou um monstro". marcos se defende.

"é, quem começou fui eu e já me arrependi, agora eu tô terminando com o assunto".

()

"você é dono de uma paciência invejável". no jardim da mansão, suzana observa.

somos extremamente semelhantes fisicamente.

a mesma cor dos olhos, do cabelo.

suzana é a cópia viva de minha mãe, uma semelhança extraordinária que pode ser percebida até mesmo na voz.

"a gente tem que escolher se morre com o veneno da cobra ou desenvolve o antídoto para sobreviver". afirmo categoricamente.

"acreditaria em mim se eu dissesse que apesar da distância emocional sempre amei você como meu irmão mais velho?". a excessiva sensibilidade de suzana me preocupa.

"eu acreditaria com certeza, mas sinceramente não compreendo". "Por que você está me dizendo isso a essa altura da vida?".

"precisava deixar isso claro, não tive tempo de dizer isso a ela". notando que se refere a nossa mãe, nossos olhos se entristecem mutuamente.

"ela certamente iria gostar de ter ouvido isso de você". não me resta outra alternativa a não ser Relatar a ela o que nossa mãe sempre disse, a saudade que sentia dos outros filhos.

"o que pode ter levado ela a casar-se com o nosso pai?". suzana faz um questionamento que certamente todos os filhos tem.

"não sei ao certo suzana". "talvez vislumbre, paixão adolescente, ou até mesmo um casamento forçado". teorizo.

"ele sempre foi manipulador, talvez tenha feito com que ela se apaixonasse por ele ou até a amasse do jeitinho dele, aquele jeito meio torto". suzana arrisca outro palpite.

"meio torto?". "eu diria totalmente torto, mas se você quer colocar assim está bem". "bom, com licença, preciso ir até meu quarto.

tentando evitar dar muita abertura para conversas retiro-me o mais rápido que posso de sua presença.

ao olhar meu celular, deparo-me com três chamadas perdidas de um número desconhecido.

decido retornar, lembrando que coloquei meu número na ficha de inscrição do amor sublime.

família greco.Where stories live. Discover now