família greco.

Capítulo 27

Capítulo 27.

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emily.

preparei um jantar reforçado para laura, depois do que vivemos na noite de ontem.

aquele final de tarde foi uma página virada na vida de minha amiga, ainda assim o desconforto permanece presente.

combinamos com diogo de que jamais saberíamos de daniel, o assunto foi encerrado e o ex-sogro se despediu de minha amiga pedindo perdão pelo filho De acordo com o que me lembro pela centésima vez.

havia marcado um encontro com andré depois da aula, precisávamos conversar.

é difícil saber quando isso começou, mas o interesse vai nascendo gradativamente.

embora não seja algo convencional me apaixonar aos 40 anos, ao menos levo comigo a sensação de saber que estou vivendo um amor assim.

estou aguardando andré na praça como de praxe, Até que vejo uma frontier se aproximar de mim.

o senhor de cabelos grisalhos desce do carro, apresentando uma forte semelhança com meu pai e consequentemente comigo também.

"emily, é você mesmo?".

"tio luan?". ele responde meu questionamento aflito com um menear de cabeça positivo.

"você tem sinco minutinhos para mim?". não sabia que teria futuramente o desprazer de enfrentar esse momento, concordando, indicando um lugar no banco ao meu lado.

"você não se sente muito à vontade em falar comigo né?"..

"minha intenção não é ofender o senhor, mas mesmo sabendo que vou fazer isso, sim, não queria estar diante do senhor agora, não por mágoa, mas por que considero desnecessário imaginar como é o homem que ajudou minha mãe a destruir meu pai".

"você tem um jeito de falar, os gestos do lucas, o comportamento dele, o dna dele em cada pedaço seu". uma avalanche de culpa e tristeza parece o atingir.

"lucas e eu sempre fomos muito unidos, e quando me divorciei e enfrentei problemas financeiros, ele me acolheu". procuro arrumar a postura no banco, preparando-me psicologicamente para conhecer a história envolvendo meu pai, meu tio e minha mãe.

um verdadeiro triângulo amoroso que se encerrou de forma trágica.

"o lucas não era um homem muito feliz pela perca dos filhos, mas tratava sua mãe como uma rainha". "meu irmãozinho mais novo sempre foi melhor do que eu em tudo". "era o melhor filho, o melhor irmão, o melhor marido e acredito que tenha sido melhor pai do que eu".

"com certeza!". disparo.

as lágrimas ameaçam vir à tona, um forte aperto em meu peito se inicia, que falta que me faz o meu pai!.

""acredite se quiser, mas eu e sua mãe tentamos evitar ao máximo o que aconteceu, mantendo nosso amor em segredo". dou uma gargalhada irônica, permitindo que prossiga logo em seguida. "foi então que, não deu mais para nos contermos, nos entregando aquela paixão arrebatadora e cruel". "era uma moça 8 anos mais nova que eu, que me tratava melhor do que minha esposa quando era casado". "isso vai ser muito cruel, acredito que seja a pior parte dessa história, mas nós apresentamos a bebida ao lucas, praticamente embriagavamos ele para ficarmos juntos com ele neutralizado".

"chega, não quero ouvir mais nada, chega!". suplico.

"eu preciso falar para que você entenda bem o contexto da situação, sobre o que me traz aqui". "você já estava com dois anos quando seu irmão morreu, foi então que sua mãe tomou a decisão de ir embora comigo, o lucas implorou para ficar contigo e a gente deixoo". "ele disse que a pior traição não era a da sua mãe, era a minha, disse que o que mais doía nele não era perder a esposa, e sim o irmão". "depois, a lili nos contou que ele havia falecido, ela me odiou até o último dia da vida dela". "eu me arrependo muito pelo que eu fiz com o lucas, matei meu próprio irmão, mas não posso negar a suposta paternidade que deixei com ele mas que deve ser minha". "estou com 78 anos, tenho graves problemas de saúde, eu e sua mãe tivemos uma filha e eu tive outros dois no meu primeiro casamento, mas se você aceitar fazer o dna estou disposto a te nomear uma das minhas herdeiras também, você tem direito tanto quanto os outros, basta aceitar o exame e eu vou ressarcir você da minha ausência".