43 - Felipe Gotham ~

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Felipe Gotham ~

Olho para Rebeca que está com os olhos cheios de lágrimas e ela olha para mim se sentindo totalmente insegura.

Seus pensamentos estão um turbilhão e eu só consigo pensar de qual maneira iria matar meu irmão.

Lembrando dele olho para ele com os olhos da besta que há dentro de mim e suas pupilas dilatam de medo, mais sua besta olha para a mim com os olhos pretos, mantenho a postura e ele desiste e abaixa a cabeça.

Dentro de uma casa sempre tem o alfa e no caso o alfa aqui sou eu!

— Desculpa.—Ele fala e sai dali entrando em seu quarto antigo.

Tomo conta do meu corpo novamente e olho para trás que a alguns minutos atrás minha mãe estava com Rebeca e agora só há uma pessoa ali, Miranda.

— Cadê minha mulher?— Pergunto e ela sorri irônica.

— Na sua frente amor.— Ela diz e cerro os punhos de ódio e olho para ela cheio de raiva.

— Vou perguntar novamente, cadê a minha Mulher.?— Pergunto dando um passo para frente e em seus olhos consigo ver o medo que ela sente por mim.

Logo me recordo de uma de nossas noites de prazer. A casa toda apagada e ela totalmente nua fugindo de mim e correndo pela casa enquanto eu a casava, só assim conseguia me divertir com ela, era meu jogo favorito com ela. Ela a presa e eu o predador faminto pela atração carnal.

Ela sempre teve medo de mim mais mesmo assim aceitava tudo e gostava.
Mais o medo sempre prevaleceu em seus olhos dês do dia em que nós casamos até hoje.

— Na sala.— Ela diz e volto para a realidade saindo do meu "transe".

Desço as escadas correndo e vou até a sala, vejo minha mãe sentada no sofá ao lado de Rebeca que está com uma caixa, a mesma caixa que eu e minha algumas décadas atrás guardamos todas as recordações de Sophia.

Sophia foi um erro nosso, mais o erro que eu mais amei nesse mundo! Rebeca pariu Sophia no dia que morreu da gripe espanhola e não suportando a dor de tê-la perdido entreguei nossa filha a minha mãe e fui ao inferno a procura de minha esposa, depois que voltei para a terra minha mãe me disse que Sophia acabou morrendo 7 dias depois de ter nascido, a única coisa que me restava de Rebeca foi arrancado de mim por causa de uma doença que ela nasceu.

Depois disso eu demorei anos agora recuperar a morte de minhas meninas, eu sabia que Rebeca voltaria, mas a Sophia não iria voltar e isso me machuca até hoje.

Sinto um aperto no coração em ver minha Rebeca vendo as fotos e não se lembrando de nosso pequeno milagre, isso corta meu coração, por mais que eu sei que ela não tem culpa eu me sinto despedaçado por ela não lembrar.

Dou um passo para frente e elas me olham, minha mãe se desabando em choro e Rebeca perdida não tendo nenhuma reação e sem acreditar que pariu nossa filha.

— Irei deixá-los a sós não consigo ver as fotos da soph.— Minha mãe diz chorando e saindo dali nos deixando sozinho e o silêncio se explana pela sala.

— É verdade?— Ela pergunta e engulo seco não estou preparado para essa conversa mas agora estou sem saída.

Ando calmamente até ela e sento do lado dela, seguro suas mãos e olho diretamente em seus olhos.

— Sei que agora não era o momento, mas saiu do meu controle, sim a Sophia existiu, e sim ela foi nossa filha.— Digo e ela olha para mim com os olhos cheios de lágrimas.

Ela tira suas mãos das minhas e pula em meus braços me abraçando fortemente.

— Desculpa por isso.— Sussurro em seu ouvido.

— Por tanto tempo você ainda iria esconder isso de mim?— Ela pergunta saindo do abraço voltando a sua posição de antes.

— Até eu ficar pronto e preparado para falar no assunto novamente.— Digo e ela olha para o chão, seus pensamentos estão uma bagunça.
— Vamos para casa, você deve estar cansada e confusa.— Digo pegando em sua mão e ela faz sim com a cabeça.— Depois mando uma mensagem para minha mãe.— Digo e vamos em direção a garagem que não fica muito longe da sala.

Entro em meu carro e saio com o carro já que o marido de minha mãe tinha saído aproveitei para sair dali o mais rápido possível.

Na rádio estava tocando músicas latinas e Rebeca estava olhando para a janela pensando em como aquilo era possível.

Respiro fundo e pego em sua mão tentando lhe passar segurança, ergo os vidros e ligo o ar quente pois estava esfriando e senti o corpo de Rebeca arrepiar pelo frio.

O carro permanece apenas com o som do rádio e nada de nenhum de nós falar alguma coisa, Rebeca estava pensativa e eu com medo de falar algo que a deixe mal, realmente não estava preparado para esse momento.

O que farei quando chegarmos em minha casa?

TE TREINANDO PARA SER MINHA ESPOSA - +18Where stories live. Discover now