TE TREINANDO PARA SER MINHA ESPOSA - +18

61 - Rebeca Evans ~

Rebeca Evans ~

2 anos, já se passaram 2 anos. Felipe nunca mais voltou, ele desapareceu do mapa, não faço ideia de onde ele esteja, ele se foi. 

- Mamãe, vou sair com meus amigos essa tarde, ok?- Soph diz e olho para trás vendo minha menina de pé com seus cabelos negros caídos pelas costas me olhando com os olhos... os olhos idênticos ao dele. 

- Ta bom.- Digo olhando para ela. 

Ela logo sai me deixando sozinha no meu quarto sentada na minha cama com a caixa que ele guardava com nossas memorias antigas. 

- Onde você foi parar?- Murmuro conversando sozinha. 

Levanto parando em frente ao espelho amarrando meus cabelos e limpando as lagrimas que caíram.

2 anos sem ele, 2 anos que passei sozinha, sem minha melhor amiga, sem meus irmão apenas eu e minha filha, criei uma pré adolescente sozinha sem nenhum tipo de ajuda, com 18 anos fui forçada a aprender a viver uma vida na qual pelo menos nessa minha reencarnação eu não queria, não era o esperado, e no final o Felipe não me treinou para ser uma lutadora de muay thai, ele me treinou para ser sua esposa, na qual ele abandonou. Não faço ideia onde ele esteja e nem com quem ele esta, e eu procurei, muito. 

Fui até a casa da mãe dele, alias ela frequenta muito minha casa, ela ama minha filha tanto quanto eu, Rafael nunca mais o vi, assim como Felipe me abandonou, Rafael abandonou sua mãe, sua escolhida e sua família. Toda a família sente falta deles menos seu padrasto, sinto que ele tem algo aver com o sumiço deles. 

Já eu, bom eu tenho ficado sozinha, sendo dona de casa, porra isso não tem nada aver comigo. atualmente tenho 20 anos, esse ano faço 21 e sou mãe, dona de casa e não, eu não realizei meu sonho de ser lutadora de muay thai, mais me aprofundei na bruxaria, virei uma alua de gosth ela me ensinou tudo que sei, a bruxaria tem sido meu conforto, mais é claro que ela nunca vai suprir a falta que Felipe me faz. 

Saio do meu quarto e desço as escada vendo minha filha preparando um pão com geleia e sua mochila em cima da mesa vestida com o uniforme da escola na qual coloquei ela, e fiquei surpresa em como essa menina é inteligente. Dou um sorriso gentil para ela que me olha com os olhos brilhando. 

- Quer?- Ela diz se referindo ao pão e faço não com a cabeça. 

- Já vai indo?- Pergunto a ela olhando para o lado vendo seu cachorro, will, um dálmata com quase 1 metro de altura, pois é, ele estava sentado nas patas traseiras faço um carinho no topo de sua cabeça e ele coloca suas duas enormes patas em minha coxa. 

- Hoje chego as 5 em casa mamãe, não precisa levar o Will passear, deixa que eu levo quando voltar.- Ela diz com a boca cheia vindo me abraçar. 

Eu vejo ele nela, como se eu estivesse falando com um Felipe na versão feminina, os olhos a risada o jeito de me tratar eles... eles são idênticos. 

- Tome cuidado.- DIgo beijando o topo da sua cabeça e Will raspa sua pata em minha coxa. 

- Mãe o will quer abraço em família.- Ela diz rindo, sua risada ecoa pela casa. 

Dou um sorriso e olho para ele que encosta o focinho na minha coxa olhando nos meus olhos de uma forma estranha, como se ele soubesse de todas as minhas dores. 

- Vou indo mãe, prometo voltar.- Ela diz me dando um beijo na bochecha e pegando sua mochila saindo dali, escuto a porta bater e respiro fundo. 

- Parece que só é eu e você de novo Will.- Digo conversando com o cachorro. 

Saio da sala e vou ate a cozinha vendo a louça que minha filha fez para a empregada lavar. 

Eu. 

Começo a lavar e escuto uma buzina de carro e franzo o cenho e olho para trás vendo will latir, pego o pano de prato e limpo minhas mão jogando o mesmo em cima do meu ombro. Ando até a janela e vejo um civic preto com vidros pretos não conseguia ver nada lá de dentro. Dois caras de preto sai de dentro do carro e vão ate o porta-malas abrindo-o e os dois juntos pegam um saco preto enorme parecendo uma pessoa empacotada, tiro o pano de prato do meu ombro e os jogo em cima do sofá. Os homem jogam o saco preto na frente da minha casa e olham para a janela que eu estou, eles sorriram e saíram voltando para o carro engatando partida e saindo dali acelerando. 

Abro a porta da minha casa e ando em direção ao saco preto. 

Feliz natal, ano novo e pascoa para vocês, um beijo!