Aélis - Alerta Perigo! - Parte 2 (CRIMINOSOS EM SÉRIE)

Capítulo 20

CONTEÚDO A SER REVISADO

Capítulo 20

Aélis

Procuro em minha mochila uma roupa que acompanhe esse frio infernal que está do lado de fora. Eu lembrava do Canadá ser frio, mas tinha esquecido que havia passado uma temporada no Brasil e isso foi mais do que suficiente para considerar qualquer rajada de vento um verdadeiro inverno.

Acho que vai demorar até eu me acostumar novamente.

Eu trouxe essa pequena mochila com as minhas roupas, deixando várias outras para trás. Eu queria me desapegar de tudo o que era material, mesmo sabendo que tem certas coisas que nunca vou conseguir deixar para trás, como aquelas que me fazem lembrar de Tobias. Tanto que suas coisas estão todas separadas, guardadas e escondidas até que eu tenha completado a minha vingança e possa finalmente reavê-las.

Tiro uma calça jeans e uma jaqueta, pensando em como faz tempo que não uso uma roupa tão "comum".

— Você acha mesmo que vamos encontrar alguma pista no apartamento desse cara? — Miguel questiona enquanto me visto.

Já é de tarde. Acabamos dormindo mais do que queríamos, e sinceramente, eu não iria conseguir levantar mais cedo. O que fizemos durante a madrugada foi... maravilhoso, enlouquecedor mas cansativo, extremamente cansativo e eu nem sei explicar como estou conseguindo ficar de pé. Estou sentindo meus músculos doloridos, como os de alguém que acaba de iniciar a academia.

Miguel parece relaxado e tranquilo, com seu sorriso radiante, pois sabe o que causou em mim.

— Não vamos perder nada por ir lá conferir. O máximo que vamos perder será o nosso tempo, mas isso temos de sobra... não tem porque se preocupar. E eu estou confiante sobre aquela carta que falaram.

— Unhum... E o que vamos fazer com nossos convidados? Vamos deixar eles aí até que alguém chegue para os salvar? Eu não tenho certeza se apoio essa ideia, esse lugar é tão isolado que ninguém pode vir. Eu até posso ser um filho da puta, mas nem tanto...

Ergo uma sobrancelha enquanto penso sobre o assunto, pondo minha jaqueta sobre a minha camisa.

— Talvez a gente deva soltar eles na estrada. Vamos soltar eles em algum lugar afastado para não correr o risco de conseguirem ajuda antes de a gente chegar no nosso destino. Eles podem dizer que não, mas com certeza vão chamar a polícia. — Esse é um ótimo plano para alguém que pensou tão rapidamente.

Sinceramente, estou ficando profissional no assunto. Quem vai me contratar como a chefona do crime?

Depois de eu me vestir, peguei todas as nossas coisas e saí da casa, indo até o galpão com Miguel onde encontramos os dois reféns amarrados e dormindo sentados numa posição não muito confortável. Eu deveria ter pensado em deixá-los numa situação mais confortável, mas estava tão nervosa pelos últimos acontecimentos que nem pensei neles.