Capítulo 47

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CONTEÚDO A SER REVISADO









Capítulo 47

Tradução: "Me pinte como um vilão"

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Tradução: "Me pinte como um vilão"

Miguel

~ Dias depois ~



Duas lâmpadas quadradas estão acopladas no teto da sala onde estou. Uma luz forte e branca reflete delas. Logo abaixo das mesmas, uma enorme mesa retangular, colocada no centro do cômodo pequeno. E eu, estou sentado de um lado dessa mesa, ao lado do meu advogado enquanto um policial e uma detetive estão na nossa frente.

Do meu lado esquerdo, tem um enorme espelho preso na parede. Não sou idiota o suficiente para não entender que estão nos observando do outro lado.

Isso é o que compõe a sala de interrogatório em que estou nesse momento.

O policial e a detetive dão início ao interrogatório, explicando que tudo está sendo gravado enquanto se apresentam. Eu permaneço calado. Não sei como me sinto.

Eu estou preso e... talvez deveria estar arrependido de tudo o que já fiz, mas não é assim que me sinto. Mas não vou mentir, eu odeio estar aqui. Toda a minha ideia de liberdade está indo por água abaixo e não há nada que eu possa fazer.

— Pode nos dizer o seu nome?

— Miguel. — Respondo de forma meio robótica.

Meus olhos estão perdidos em algum ponto dessa enorme mesa de metal, que reflete a luz.

— Miguel, você já foi informado do tempo que passou em coma? — A mulher, a detetive, questiona e é a primeira vez que me vejo realmente interessado. Eu nego. — Dezesseis dias.

— ... — Arfo, sentindo algo estranho em meu peito ao ouvir as suas palavras.

É como uma dor desnecessária que esmaga o meu coração. Não tenho certeza do porquê, mas é assim que me sinto. Por mais de duas semanas eu fiquei como um morto naquela cama, o mundo continuava, as pessoas vivendo, o tempo passando, e eu em um maldito coma, só esperando pelo primeiro sinal de consciência para ser enviado para uma prisão.

E Angel... o que eu sei da minha Angel? Nada. Não sei como ela está, ou onde está. Será que ela já está conformada com a minha prisão? Ou está tentando fazer alguma coisa? O que diabos ela está fazendo?

— ... além de sequestrar um adolescente. Você já está ciente dos crimes pelos quais você será julgado? — A detetive questiona.

— Como você quer que ele...

— Sim. — Interrompo o meu advogado. — Sim, já estou ciente.

Meu advogado encosta no banco, suspirando. Sinto os olhos da detetive sobre mim, mas estou tão cansado que tenho preguiça de direcionar meu olhar em sua direção.

Aélis - Alerta Perigo! - Parte 2 (CRIMINOSOS EM SÉRIE)Onde histórias criam vida. Descubra agora