09| P O L I D E U C E S

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Amélia não se considerava uma pessoa ciumenta, mas tinha que admitir que ver Thundra e Mara tão próximas uma da outra não era a sua cena favorita

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Amélia não se considerava uma pessoa ciumenta, mas tinha que admitir que ver Thundra e Mara tão próximas uma da outra não era a sua cena favorita. Aquele era o seu segundo encontro com a jogadora, elas combinaram que Amélia seria responsável pelo lugar, e a pasteleira decidiu que queria algo mais caseiro.

Do seu parapeito, ela assistia Thundra beijar o rosto de Mara, que parecia não estar satisfeita com aquela interação. Aos seus olhos, aquelas interações seriam sempre desconfortáveis, quer dizer, Amélia era próxima das suas amigas, mas havia qualquer coisa diferente na forma como elas interagiam.

A jogadora se despediu da sua amiga e avançou na direção da portaria. Rapidamente, Amélia voltou para dentro do seu quarto; parada frente ao espelho ela alisou o seu vestido, o único que parecia adequado para o evento. Era simples, assim como o jantar que preparou. O tom verde marinho fazia os girassóis se sobressaírem, as alças eram finas e o decote retangular; o seu cabelo estava preso num afro e duas tranças deslizavam pelo seu rosto.

A campainha tocou.

Com calma, ela caminhou até a porta. A sua mão trêmula segurou a maçaneta, o seu coração batia cada vez mais rápido.

A porta foi aberta.

— Oi. — Thundra saudou. — Você está linda!

Por segundos, Amélia achou que ela estivesse a falar de si mesma. Os seus olhos captaram o corset preto sem alças que esmagavam os seios da jogadora, a saia calção cinzenta marcava a sua cintura e a meia-calça preta combinava com as suas botas de salto raso.

— Acho que exagerei, não é? — indagou a encarando.

— Não. — engoliu a seco. — Você está maravilhosa! Mas não está com frio?

— Estou, por isso espero que você me deixe entrar.

— Claro!

Thundra entrou reparando no ambiente a sua volta, a maioria das luzes estavam apagadas, sobrando apenas a iluminação das velas na mesa arrumada. Ela ouviu a porta ser trancada e logo, Amélia estava ao seu lado tentando decifrar as suas reações.

A jogadora trazia nas mãos uma garrafa de espumante, que foi deixada próxima às tigelas com comida em cima da mesa; havia duas rosas em um jarro, dois pratos nas extremidades da mesa e as velas no centro.

— Agora tenho a certeza de que exagerei. — expressou, mirando Amélia. — Você fez de tudo para fazer algo mais caseiro e eu estou vestida como se estivesse indo a um clube de strip.

Hesitante, Amélia tocou na sua mão atraindo a sua atenção.

Você está magnífica.

Thundra não conseguiu esconder o sorriso que tomou conta do seu rosto. Entre elas, Amélia era, sem dúvida alguma, a única digna daquele adjetivo. A jogadora agarrou a sua mão a aproximando de si, e passou a acarinhar o seu rosto.

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