11| P A N D O R A

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— Não esqueça que não poderei vir buscá-la, menina Martin

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— Não esqueça que não poderei vir buscá-la, menina Martin. — o motorista avisou, vendo as jovens saírem do veículo.

— O senhor não precisa se preocupar, irei garantir que ela volte para casa sã e salva. — Amélia proferiu, ajeitando o seu vestido. 

— Eu acho que sou perfeitamente capaz de caminhar durante quinze minutos. — Clio revirou os olhos. Fechando a porta do carro, ela completou: — Você já pode ir agora, nós estamos atrasadas.

Amélia a encarou divertida.

— O que foi?

— Pergunto-me o motivo de termos demorado tanto a sair da tua casa.

— O mundo odeia mesmo mulheres. — dramatizou. — Já não podemos ao menos cuidar da nossa beleza.

A pasteleira limitou-se a rir.

Cleópatra era mais previsível do que aparentava, mas havia vezes que ela conseguia surpreender até a si mesma. Eram quase cinco da tarde quando Amélia foi para casa da amiga, o plano era elas se preparem juntas para assim irem juntas à casa de Mara, mas o problema teve início quando eram quase sete horas, e Clio ainda não estava pronta.

— Agora que penso em horários, como é que o Leon deixou vocês as duas saírem tão cedo?

— Pedindo ou não, a cafetaria fecharia mais cedo hoje. O pai de Leon teve alguns problemas médicos e precisou ser internado. — explicou. 

Elas caminharam para o outro lado da estrada, parando frente ao que seria a casa de Mara. Graças a Clio, Amélia já tinha visto o que era luxo de perto; já viu piscinas cobertas em ouro, anéis com diamantes do tamanho de uma laranja, vestidos cobertos em rubis e casamentos que mais pareciam bailes reais. Ela só não imaginava que seria Mara a proporcionar-lhe a vista de um castelo.

— Uau! — suspirou, admirando a residência. — Eu não sabia que ela era assim tão rica.

— Ela vive no centro de Astoria, claro que é rica. 

Ambas estavam paradas frente a grande porta de madeira; Amélia segurava a sua travessa com um formato de flor cheia de empadão de frango e Clio carregava alguns sacos com doces e bebidas. A pasteleira olhou para a comida em suas mãos pensando que se fora uma boa ideia trazê-la. Mara vivia num castelo, certamente já havia experimentado melhores pratos do que um simples empadão.

— Nem começa. — Clio cortou seus pensamentos. — Eu conheço esse olhar, é o olhar de “sou uma merda”. Esta é suposta ser uma noite divertida, em que terás a chance de conhecer as amigas da tua namorada…

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