18| L O G E

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— Um capuccino para a mesa dois e um sumo de manga para a mesa oito

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— Um capuccino para a mesa dois e um sumo de manga para a mesa oito. — Amélia articulou, entregando os pedidos.

Felizmente, o estabelecimento estava pouco movimentado, o que significava que poderiam fofocar com calma. Evie tinha sempre novidades, quer fossem de pessoas conhecidas ou não, e nenhuma das suas colegas de trabalho recusava saber sobre algum drama que não lhes dizia respeito.

Após servir a mesa, Evie sentou-se entre o casal. Amélia limpava o vidro do expositor enquanto Thundra limpava o café despejado no balcão.

— Todo mundo sabe que ele trai ela, não sei porque razão ela finge que está tudo bem. — disse, apoiando o cotovelo na parte seca do balcão. — E não se trata apenas da possibilidade de engravidar uma das suas amantes, mas sim de contrair alguma doença e contaminar a coitada.

— Pelo que contaste, ela não é assim tão coitada. — Thundra comentou. — Ela sabe que é corna, então sabe das possibilidades.

— Ou talvez ela não saiba de nada e está presa a um homem que dorme com metade da cidade. — argumentou a pasteleira. — Ou talvez tenham um relacionamento aberto.

Evie soltou uma risada.

— Duvido, ela é religiosa.

— O que não significa que não pode ser progressista. — Thundra voltou a falar. — Religião não impede ninguém de viver como bem entende.

Amélia olhou para o relógio de parede, perdendo o foco na conversa. Faltava pouco para a sua pausa para almoço, e ela tinha combinado com Clio e Nicolas para aparecerem. Mesmo não tendo nada a ver com o relacionamento de Nico com Apollo, ela sentia que deixar as coisas mal resolvidas entre o antigo casal acabaria por afetar o grupo de amigos.

A pasteleira preferia que Adara fosse mediadora daquela conversa, já que ela tinha mais jeito para assuntos amorosos, mas a bailarina tinha planos marcados. Então, Nicolas e Cleópatra teriam que se satisfazer com a presença dela.

— Tu concordas comigo, planetinha? — Thundra indagou; Amélia a encarou confusa. — Diz apenas que sim.

Amélia sorriu.

— Não! — respondeu, fazendo a sua namorada revirar os olhos e Evelyn rir.

A pasteleira levantou a cabeça no instante em que ouviu soar o sino da porta. O seu coração não aguentava mais a ansiedade, precisava falar com os seus amigos antes que perdesse a coragem e, para a sua infelicidade, foi Leon quem entrou, junto da sua namorada.

— Quem é a moça? — Thundra indagou.

— É a Holie, namorada do Leon. — Evie respondeu.

Thundra já tinha ouvido muitas histórias sobre ela, principalmente a de como eles se reencontraram depois de anos afastados. Ao observar Holie, notou que ela e Leon eram totalmente o oposto um do outro.

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