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Festas não eram propriamente o evento favorito de Amélia, principalmente festas de família

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Festas não eram propriamente o evento favorito de Amélia, principalmente festas de família. Ela não sabia como as coisas funcionavam em famílias normais, mas com a sua, o dia sempre terminava em grande confusão: a sua avó dizia algo ofensivo, a sua tia rebatia, a sua mãe tentava defender, os seus primos riam da confusão e no final, os vizinhos chamavam a polícia.

Quando mais nova, ela achava aquelas interações divertidas, mas as opiniões mudam quando se passa a ter o mínimo de conhecimento sobre o mundo. Aquela convivência não era saudável, e nenhum deles parecia disposto a aceitar isso, a sua tia Carinha era a única que fazia de tudo para se manter distante de confusões.

Por isso, olhar para o reflexo do seu rosto maquiado originava uma sensação estranha. Ela sabia que sua tia faria de tudo para oferecer um ambiente calmo e amigável, mas seria ela capaz de manter as coisas assim até ao fim da noite?

— As minhas asas estão tortas? — Nicolas indagou, tentando alcançar as asas como um cão que tentava cheirar o próprio rabo.

— As asas não, já não posso dizer o mesmo sobre o cérebro. — Clio respondeu.

Adara revirou os olhos, e levantou-se para o ajudar.

— Tenta não mexer muito nelas, a costura dos fios é meio duvidosa. — disse, ajustando os tecidos.

— Fala na minha cara. — Clio exigiu, cruzando os braços.

— A tua costura é uma merda.

Amélia observou a sua amiga fingir espanto e rir logo a seguir. A costura de Clio era sim uma merda, mas o que contava era a sua intenção.

Todos os anos, um dos gêmeos escolhia um tema para a sua festa. No ano passado, Arlo tinha escolhido Brooklyn 99, onde os convidados vestiam-se como os seus personagens favoritos, e no ano corrente, Lila decidiu que queria algo mágico: fadas.

— Quando é que a nossa cunhada chega? — Nicolas indagou, ajudando Adara a terminar as suas tranças.

Amélia sorriu.

— Faltam quinze minutos para o horário combinado. — respondeu, limpando o lápis labial. — E ela não é vossa cunhada.

— Ainda. — Adara murmurou.

Amélia jamais admitiria em voz alta, mas ela gostava quando os seus amigos se referiam a Thundra daquela forma, parecia algum tipo de aprovação indireta. Depois de terminar a sua maquiagem, a pasteleira caminhou em direção ao espelho para visualizar o resultado final. Dinheiro sempre foi um problema, então, ela decidiu usar algumas das suas roupas mais antigas para costurar aquela fantasia. 

O top de pescoço alto, tinha lantejoulas e cores iridescentes que cobriam toda a peça, a saia tinha várias camadas irregulares e Amélia conseguiu acrescentar um tecido transparente da mesma cor do top. Por fim, as suas asas médias lembravam as de uma borboleta e, assim como o resto do traje, também abusavam de iridescência.

649 000 000 km de Júpiter à Saturno | ⚢ Donde viven las historias. Descúbrelo ahora